
Recorde as principais incidências da partida
Ainda o relógio não registava os 60 segundos e já o Brasil tinha deixado um claro aviso para aquilo que viria ser o jogo. Adriana Leal apareceu na cara do golo, mas nao conseguiu bater Yenith Bailey, guarda-redes do Panamá que, apesar dos quatro golos sofridos neste fim de noite na Austrália (e início de tarde em Portugal), mostrou-se importante para que o triunfo da canarinha não fosse por números (ainda) mais expressivos.
De bola parada, a camisola 9 Debinha esteve perto do primeiro, aos 18 minutos, e um minuto volvido apareceu a estrela do jogo: Ary Borges. A criativa do Racing Louisville FC materializou em golo a forte insistência da seleção brasileira na busca pela vantagem, num golpe certeiro de cabeça, a corresponder na perfeição a um cruzamento de Debinha pelo corredor esquerdo. Lágrimas, dança e festa que seguiu do relvado para a bancada.

Passe curto e velocidade, as duas características do futebol vertiginoso da turma de Sundhage. O entendimento perfeito das jogadoras brasileiras, capazes de jogar quase de olhos fechados, resultou em várias oportunidades junto à baliza panamiana e em mais um golo antes do intervalo, de inteira justiça para aquilo que foram os primeiros 45 minutos.
Depois de Luana Bertolucci forçar Bailey a uma enorme intervenção, Ary Borges finalizou uma excelente jogada coletiva. A guarda-redes do Panamá ainda defendeu o primeiro remate da camisola 11, mas não teve capacidade para segurar a recarga.

Seja bem-vinda, Marta
A vantagem de dois golos dava ao Brasil uma confiança redobrada para encarar a segunda parte e o futebol espetáculo continuou. O terceiro golo, aliás, é um hino ao futebol coletivo. A bola passou por várias jogadoras até ao passe sublime de Ary Borges para a finalização de Bia Zaneratto. Pelo meio do jogo dominado pelo Brasil, o Panamá teve algumas aproximações interessantes à baliza de Lelê, que foi forçada a defender algumas bolas perigosas.

Ainda assim, o domínio brasileiro ainda resultou em mais um golo. A entrada de Geyse, ex-Benfica, agitou ainda mais a partida e foi dela o passe para o terceiro golo de Ary Borges e o quarto do Brasil, que sentenciou com inteira justiça uma exibição fantástica da canarinha, que contou ainda com a entrada em jogo da lenda Marta, a cumprir a última dança em Campeonatos do Mundo.
Melhor em campo Flashscore: Ary Borges