
Depois de passar no limite para os oitavos de final com um empate contra Portugal, a seleção dos Estados Unidos da América quis deixar outra imagem e começou a silenciar os críticos, controlando a maior parte da posse de bola. Pouco passava do quarto de hora quando Trinity Rodman esteve perto de dar uma preciosa vantagem às norte-americanas. A filha do lendário jogador de basquetebol avançou em direção à baliza e rematou da entrada da área. Zećira Mušović estava atenta e defendeu.
As atuais campeãs não desistiram, porém, continuaram a procurar um golo e tiveram a melhor oportunidade da primeira parte aos 34 minutos. Um canto foi cobrado na área pelo lado direito na direção de Lindsey Horan, mas a capitã americana viu o seu cabeceamento chocar com o topo da trave antes de sair para pontapé de baliza. A Suécia não se importou com o aviso e manteve-se firme até o intervalo, dando à seleção americana o quarto empate à ida para os balneários em cinco jogos.
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Com os Estados Unidos ostentando uma impressionante marca de 100% de aproveitamento nos primeiros jogos da fase a eliminar do Mundial antes do pontapé inicial, não foi surpresa que o início do segundo tempo tenha sido muito parecido com o do primeiro. E houve outro ponto importante aos 53 minutos, quando Horan chutou em direção à baliza, apenas para ser negado por uma excelente parada de Mušović. A seleção norte-americana continuou a sondar a defesa sueca e quase conseguiu um golo nos instantes finais, quando Alex Morgan recebeu um cruzamento e cabeceou para o canto inferior. No entanto, mais uma vez, uma bela defesa de Mušović manteve o placar empatado para enviar o jogo para o prolongamento.

A pressão americana também não abrandou nos 30 minutos seguintes e, desta vez, foi Lynn Williams quem esteve perto, depois de uma jogada brilhantemente trabalhada antes de rematar cruzado para o canto inferior, mas, mais uma vez, Mušović estava bem colocada para fazer a defesa. A segunda parte do prolongamento seguiu o mesmo padrão, com a Suécia a parecer determinada a ultrapassar a tempestade e a levar as actuais campeãs para o desempate por grandes penalidades.

A decisão por penáltis foi inevitável, e o marcador registava 4-4 após 13 remates, com Lina Hurtig a marcar o penálti decisivo para a Suécia. De forma um tanto bizarra, o remate foi defendida por Alyssa Naeher, mas o VAR viu que a bola havia de facto cruzado a linha. Com isso, as escandinavas avançaram para os quartos de final e acabaram com as esperanças das americanas de se tornarem o primeiro país a vencer três edições consecutivas de um Mundial.
