Em sessão pública, o pleno do INAI, organismo encarregado de garantir a proteção dos dados pessoais e o acesso à informação pública, afastou os funcionários dos seus cargos "para facilitar as investigações".
O México, juntamente com os Estados Unidos e o Canadá, será o país anfitrião do Campeonato do Mundo e acolherá o jogo inaugural, para o qual os funcionários alegadamente exigiram bilhetes.
Os sancionados são Jonathan Mendoza, chefe de uma secretaria, e Miguel Novoa, responsável por uma direção geral.
Claudia Sheinbaum, presidente do México, referiu-se a este caso na sua conferência de imprensa de 30 de janeiro. "Vamos investigar", declarou, criticando duramente o INAI.
A FMF foi sancionada em 2022 por recolher ilegalmente dados de adeptos que alegadamente utilizou para identificar adeptos violentos após os tumultos que deixaram vários feridos no estádio do clube de Querétaro em março desse ano.
"Disseram à FMF reduzo as vossas multas em troca de bilhetes para o Campeonato do Mundo", acrescentou Sheinbaum, referindo que o caso poderá ir parar à Procuradoria-Geral da República.
Estes factos foram denunciados pela FMF perante o órgão de controlo interno do INAI.
O partido de esquerda no poder está em confronto com o INAI, que acusa de agir com parcialidade para afetar o governo. Nesse contexto, o Congresso aprovou em dezembro uma reforma que eliminou esse e outros órgãos de fiscalização desde março.
De acordo com o jornal El Universal, os funcionários em questão exigiram três notas de banco de cada um dos diretores da FMF e a contratação de um escritório jurídico "aliado" para reduzir duas multas que totalizam 1,8 milhão de euros e encerrar outros processos.