"Iniciámos a fase de vendas há sensivelmente duas semanas e, em 15 dias, recebemos pedidos para 150 milhões de bilhetes, ou seja, cerca de 10 milhões por dia", revelou o presidente da FIFA, acrescentando que, até agora, ao longo de quase cem anos de história desta competição, a FIFA vendeu no total 44 milhões de bilhetes.
Na sua opinião, este interesse demonstra, entre outras coisas, a dimensão extraordinária do Campeonato do Mundo.
Segundo Infantino, a maioria dos pedidos de bilhetes veio de um dos países anfitriões, os Estados Unidos.
"Na segunda e terceira posição surgem a Alemanha e o Reino Unido. Nos estádios estarão entre seis e sete milhões de adeptos, enquanto em casa os jogos serão acompanhados por seis mil milhões de pessoas. Não escondo que vamos gerar mais de 10 mil milhões de euros em receitas, que investiremos no futebol em todo o mundo", sublinhou o dirigente suíço, visivelmente satisfeito.
O líder do futebol mundial respondeu ainda às críticas sobre o excesso de futebol no panorama desportivo global.
"Talvez em algumas partes do mundo haja futebol a mais, mas certamente noutras há futebol a menos. Por isso, do nosso ponto de vista, temos de procurar um equilíbrio entre o futebol de clubes e o de seleções, entre jogos competitivos e encontros sem grande significado. É por isso que investimos milhares de milhões de dólares no desenvolvimento do futebol a nível global", afirmou, destacando a existência de uma centena de academias FIFA em igual número de países.
"A FIFA há 120 anos que se foca nas seleções nacionais, mas é igualmente importante dar atenção aos clubes, porque o futebol de clubes é aquele que todos praticam. Só uma minoria de jogadores representa as seleções, enquanto todos jogam em clubes", concluiu Infantino, referindo-se ao papel crescente do Mundial de Clubes.
O Mundial nos Estados Unidos, Canadá e México começa a 11 de junho e termina a 19 de julho. Pela primeira vez, vão participar 48 equipas. Serão necessários 104 jogos para apurar o vencedor.