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Mundial-2026: Apesar das críticas, Isak e Gyokeres defendem o estilo do selecionador sueco

Alexander Isak, Viktor Gyokeres e Jon Dahl Tomasson falam à comunicação social
Alexander Isak, Viktor Gyokeres e Jon Dahl Tomasson falam à comunicação socialAdam Ihse/TT / Shutterstock Editorial / Profimedia

Vaiado por parte dos adeptos suecos na Strawberry Arena após a derrota por 0-2 frente à Suíça na sexta-feira, e alvo de pedidos de demissão tanto nas redes sociais como em alguns meios de comunicação, é seguro dizer que o selecionador da Suécia, Jon Dahl Tomasson, está sob enorme pressão.

Esta noite, a Suécia recebe o Kosovo no Gamla Ullevi, em Gotemburgo, procurando vingar-se após a surpreendente derrota por 2-0 em Pristina, em setembro.

Uma derrota não elimina matematicamente as hipóteses da Suécia de regressar ao Mundial, mas as probabilidades de perder este jogo e ainda assim conseguir o apuramento para a América do Norte são extremamente reduzidas, o que poderá significar o fim do ciclo do dinamarquês no comando técnico. No entanto, a pressão, como Tomasson referiu na conferência de imprensa de antevisão, faz parte do cargo.

"Como treinador, não se consegue dormir, a noite é longa depois de uma derrota, mas depois já se pensa no próximo jogo. A pressão está sempre presente, mas isto é futebol", indicou.

O selecionador dos Blagult reconheceu ainda a frustração dos adeptos, admitindo que é algo com que se tem de lidar quando as expectativas são elevadas.

"Compreendo que os adeptos estejam desiludidos. O futebol é feito de emoções e o público quer o melhor para nós. É tudo preto ou branco. Temos de saber lidar com isso", vincou.

O empate com a Eslovénia em setembro representa o único ponto conquistado pela Suécia no Grupo C, em nove possíveis. A equipa está no último lugar, um ponto atrás da Eslovénia, enquanto o Kosovo é segundo com quatro pontos, e a Suíça lidera com três vitórias em três jogos, sem ter concedido qualquer golo.

Nenhum dos avançados de referência da Suécia, Alexander Isak e Viktor Gyokeres, conseguiu marcar até agora nesta campanha de qualificação, e ambos também enfrentaram os jornalistas para assumir responsabilidades.

"Nós, jogadores, somos claros e autocríticos após jogos em que não vencemos ou não estivemos bem. Só ouço os jogadores dizerem que não fizemos o suficiente de bom. Olhamos para nós próprios ao espelho," afirmou Isak.

Gyokeres acrescentou que é a equipa que tem de resolver os problemas, recusando atribuir culpas ao estilo de jogo do treinador.

"Em algumas partidas, não resolvemos bem certas situações e, por isso, não penso que seja uma questão da forma como jogamos", defendeu.

Isak, do Liverpool, partilhou a mesma opinião: "Acredito que a ideia de jogo ofensiva é o caminho certo, mas é possível ter duas ideias em simultâneo. Podemos estar insatisfeitos com os resultados, mas isso não significa necessariamente que tudo está errado," explicou.

A Suécia vinha de uma excelente fase antes desta qualificação, com oito vitórias nos dez jogos anteriores e subida de divisão na Liga das Nações, o que faz com que Gyokeres, do Arsenal, acredite que o modelo de jogo resulta.

"No outono passado vimos que funcionou. Criámos muito e marcámos bastantes golos. Ainda temos três jogos por disputar e temos de garantir que fazemos tudo bem e vencemos essas partidas," acrescentou.

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