Guarda-redes: um trio consolidado
O selecionador Didier Deschamps não mexeu nos seus três guarda-redes desde março e a hierarquia parece bem definida, com Mike Maignan como número 1, o parisiense Lucas Chevalier como suplente e Brice Samba como terceira opção. Se os dois primeiros são indiscutíveis, Samba esteve algum tempo ameaçado por Alphonse Areola, mas recuperou bem com o Rennes na Ligue 1 (8.º), e deverá integrar a viagem à América.
Defesas: lugares muito disputados
Também será complicado conquistar um lugar na defesa, tendo em conta as últimas convocatórias. Atrás do quarteto titular (Jules Koundé-Dayot Upamecano-William Saliba-Lucas Digne), Ibrahima Konaté no centro e Theo Hernández à esquerda estão relativamente tranquilos.
Lucas Hernández, chamado em junho para a final four da Liga das Nações após uma longa ausência devido à rotura do ligamento do joelho esquerdo em maio de 2024, terá de continuar a evoluir no PSG para garantir um lugar na lista, mesmo que a concorrência no centro da defesa não seja tão intensa. Benjamin Pavard precisa de recuperar a forma no Marselha, onde tem acumulado exibições preocupantes, e Wesley Fofana tem sido travado por várias lesões. Axel Disasi, sem utilização no Chelsea, ou Clément Lenglet, que não convenceu em junho, estão ainda mais longe da convocatória.
À direita, Malo Gusto ganhou vantagem atrás de Koundé, enquanto Pierre Kalulu, que foi ultrapassado na sua única internacionalização frente à Espanha nas meias-finais da Liga das Nações em junho (derrota por 5-4), não voltou a ser chamado.
Médios: tudo em aberto
Se Aurélien Tchouaméni, Adrien Rabiot, Manu Koné e até Eduardo Camavinga já podem reservar a viagem no próximo verão, fora estes quatro tudo é possível.
N'Golo Kanté, de regresso à seleção aos 34 anos após um ano de ausência, volta a entrar nas contas e pode fazer valer a sua experiência e o estatuto de campeão do mundo (2018), um trunfo importante para Deschamps, que não hesitou em levá-lo ao Euro-2024 apesar do seu exílio dourado na Arábia Saudita (Al-Ittihad).
Mas as decisões não serão fáceis para o selecionador, que também pode apostar em jovens como Kephren Thuram (24 anos), titular na Juventus, Warren Zaïre-Emery (19 anos), que regressou em grande forma ao PSG, ou Boubacar Kamara (25 anos).
Outra dúvida: Paul Pogba, que não joga desde setembro de 2023, poderá voltar a ser opção se finalmente vestir a camisola do Mónaco?
Avançados: um luxo de opções
O setor ofensivo dos Bleus foi bastante afetado nas últimas semanas pelas lesões. Mas se todos estiverem disponíveis, Deschamps terá escolhas difíceis pela frente.
A seguir à incontestável estrela e capitão Kylian Mbappé e ao Bola de Ouro Ousmane Dembélé, o selecionador tornou Marcus Thuram, Michael Olise, Bradley Barcola e Désiré Doué elementos indiscutíveis. Mas Rayan Cherki, que aos 22 anos está a ter uma excelente época de estreia no Manchester City, tem boas hipóteses, tal como Hugo Ekitiké (23 anos), titular no Liverpool e que marcou o seu primeiro golo pela seleção francesa frente à Ucrânia (4-0), na quinta-feira, ou o jovem talento do Mónaco Maghnes Akliouche (23 anos).
Jean-Philippe Mateta, Kingsley Coman, Christopher Nkunku ou Florian Thauvin só poderão sonhar com a convocatória para o Mundial se houver problemas físicos entre os colegas.
