O Paraguai, que recebe o Equador, também precisa apenas de um empate para se apurar, enquanto a Colômbia pode garantir seu lugar no Mundial dos Estados Unidos, Canadá e México se vencer a Bolívia.
A atual campeã, Argentina, para quem o incomparável Lionel Messi disputará sua última partida de apuramento em casa com a Albiceleste aos 38 anos, já estão classificadas junto com Brasil e Equador.
Para o Uruguai, um empate ou mais diante de 60 mil adeptos em um estádio Centenário lotado em Montevidéu seria um feito muito especial para Bielsa, que tem 70 anos.
Comandou a Argentina natal no Mundial de 2002 no Japão e Coreia do Sul, em que foi eliminada surpreendentemente na fase de grupos, mas teve um desempenho melhor à frente do Chile na África do Sul 2010, chegando aos oitavos de final antes de cair por 3-0 diante do Brasil.
No entanto, nem tudo tem sido simples com a Celeste. Embora a chegada de Bielsa tenha gerado ilusão e até euforia entre os adeptos há dois anos, uma campanha irregular acalmou esse entusiasmo.
"Se eu tivesse que avaliar minha gestão, diria que deveríamos ter conseguido mais do que conseguimos," reconheceu recentemente Bielsa sobre sua equipa, que marcou apenas 19 golos em 16 partidas, longe das equipas ofensivas e espetaculares que costuma apresentar.
A classificação sempre foi provável em um sistema em que seis das dez seleções da CONMEBOL avançam de forma direta, e mais uma vai para uma repescagem intercontinental.
O médio do Real Madrid, Federico Valverde, admitiu isso, embora o Uruguai ainda não tenha garantido seu bilhete: "Esta eliminatória foi mais simples do que as anteriores."
Venezuela quer fazer história
Apenas a Venezuela - com 18 pontos e que visita Buenos Aires nesta quinta-feira para a emocionante despedida de Messi diante dos compatriotas - poderia atrasar o apuramento de Uruguai e Paraguai (ambos com 24 pontos). Para isso, ambos teriam que perder e a Venezuela conseguir uma vitória surpreendente.
Messi comentou na semana passada que este encontro "será uma partida muito especial, porque é a última de apuramento em casa", embora não tenha descartado jogar algum um particular no futuro.
Não confirmou se disputará o Mundial, embora pareça provável, já que atualmente joga em Miami.
Mesmo que a Venezuela não vença na quinta-feira, a Vinotinto segue bem posicionada para conquistar o primeiro apuramento para um Mundial, ainda que seja pelo play-off intercontinental.
É a única das 10 seleções sul-americanas que nunca disputou a grande competição.
Atualmente, está um ponto à frente da Bolívia (17 pontos) na luta pelo play-off. Nenhuma é favorita para vencer fora de casa nesta quinta-feira, mas, se a Venezuela vencer a Colômbia - que, com 22 pontos, já deve estar apurada até lá - na próxima terça-feira, isso deve ser suficiente para superar a Bolívia, que receberá o Brasil na semana que vem.
Apenas o último Chile (10 pontos) já está eliminado, enquanto o Peru (12 pontos) precisa vencer os dois últimos jogos e torcer para que tanto Venezuela quanto Bolívia tenham uma queda importante para sonhar com uma vaga muito improvável no play-off.