Bielorrússia 0-6 Dinamarca
Já praticamente fora da corrida para alcançar uma estreia num Campeonato do Mundo como nação independente, a Bielorrússia viu as suas esperanças de um resultado positivo desmoronarem-se em poucos minutos, com dois golos rápidos da Dinamarca logo no início do jogo.

O primeiro surgiu aos 14 minutos, através de um passe simples de Andreas Christensen para Froholdt, que finalizou com precisão junto ao poste direito, assinando o seu primeiro golo pela seleção.
Apenas seis minutos depois, o jogador do FC Porto voltou a estar em destaque, desta vez como assistente: recebeu uma bola longa pela esquerda e cruzou rasteiro para Rasmus Højlund, que esticou a perna para empurrar a bola para dentro da baliza.
Em excelente forma e ansioso por somar o quinto golo só no mês de outubro, depois de marcar frente ao Sporting e ao Génova, o avançado dinamarquês voltou a fazer o gosto ao pé mesmo antes do intervalo, aproveitando uma bola ao poste de Patrick Dorgu para encostar e fazer o 0-3
A Dinamarca não tirou o pé do acelerador e aumentou para 0-4 no sexto minuto do tempo de compensação da primeira parte. Pierre-Emile Højbjerg levantou a bola com classe por cima de uma defesa bielorrussa completamente desorganizada, encontrando Højlund, que assistiu Dorgu para um golo fácil.
O pesadelo da Bielorrússia, contudo, estava longe de terminar. Depois de um início de segunda parte mais calmo, dois suplentes dinamarqueses combinaram de forma letal: Højbjerg levantou a bola da zona frontal da área para a direita, onde Lucas Høgsberg fez um toque de cabeça perfeito para Anders Dreyer, que, na marca de penálti, rematou com elegância para o canto, sem hipótese para Fyodor Lapoukhov.
Querendo igualar Højlund em eficácia, Dreyer bisou a 12 minutos do fim. O extremo do San Diego tentou cruzar para Jonas Wind, mas um defesa desviou a bola contra o próprio Wind, devolvendo-a a Dreyer, que aproveitou o ressalto para disparar para o canto oposto, apesar de Lapoukhov ainda tocar na bola com a ponta dos dedos.
Foi mais uma demonstração clara do abismo que separa uma seleção habituada a presenças em Mundiais de uma equipa condenada à irrelevância na qualificação. E, depois de a Dinamarca ver um penálti anulado pelo VAR, o jogo terminou como mais um dia rotineiro no escritório para os homens de Brian Riemer, que alcançaram o quarto jogo consecutivo sem sofrer golos pela primeira vez desde outubro de 2021.
Escócia 3-1 Grécia
Depois de um início promissor, com quatro pontos conquistados nos dois primeiros jogos de qualificação, a Escócia entrou razoavelmente bem em Glasgow.

Ainda assim, os escoceses terão respirado de alívio por não ficarem a perder por 0-1 logo aos oito minutos, após uma bela troca de passes entre Christos Tzolis e o capitão Tasos Bakasetas, cujo cruzamento rasteiro foi desperdiçado de forma incrível por Pavlidis, com a baliza praticamente aberta à sua frente. A Escócia foi crescendo à medida que a primeira parte avançava, embora tenha criado muito pouco; defensivamente, no entanto, mostrou-se sólida e conseguiu limitar as oportunidades claras da Grécia.
O descontentamento dos adeptos escoceses foi claro quando Pavlidis teve nova oportunidade para colocar a Grécia em vantagem no início da segunda parte, cabeceando por cima o cruzamento perfeito de Kostas Tsimikas. Pouco depois, Georgios Masouras também desperdiçou uma ocasião clara, rematando por cima da trave de Angus Gunn a curta distância.
A Escócia foi forçada a fazer a primeira substituição do encontro devido a mais um problema físico de Aaron Hickey, entrando Anthony Ralston. Billy Gilmour também foi lançado em campo, substituindo Ben Gannon-Doak, mas o rumo do jogo manteve-se.
Assim, não surpreendeu quando a Grécia inaugurou o marcador pouco depois da hora de jogo: uma bela jogada culminou com Pavlidis a ver o seu remate bloqueado por John Souttar, mas Tsimikas apareceu na recarga para finalizar com força e silenciar o público de Hampden.
De forma inesperada, porém, a Escócia reagiu de imediato. Num contra-ataque, conquistou um canto que Ryan Christie cobrou; o próprio médio do Bournemouth aproveitou o mau alívio de cabeça de Konstantinos Mavropanos para empatar o jogo, num lance em que o guarda-redes grego Konstantinos Tzolakis podia ter feito melhor. O golo foi validado após análise do VAR, e o ambiente em Hampden transformou-se completamente.
Pouco depois, a reviravolta ficou consumada: mais uma bola parada castigou a Grécia, com um livre cobrado pelo capitão Andrew Robertson a sobrar para Lewis Ferguson, que rematou com força para o fundo das redes.
A vitória ficou selada nos descontos, quando Tzolakis cometeu um erro grosseiro ao tentar segurar a bola, permitindo que o suplente Lyndon Dykes aproveitasse a falha e fizesse explodir o estádio de alegria.
A Escócia pode não ter conseguido alcançar quatro jogos consecutivos sem sofrer golos pela primeira vez desde março de 2014, mas continua a morder os calcanhares da Dinamarca no Grupo C, enquanto a Grécia lamentará profundamente uma oportunidade perdida.