Neuendorf também esteve presente como testemunha ocular na capital dos Estados Unidos.
"Foi tudo muito orientado para o espetáculo, mas isso é típico da América – o que mais se poderia esperar?", comentou, acrescentando: "Concordo com os críticos: falou-se pouco sobre futebol."
"Dar prioridade ao desportivo"
Relativamente ao Mundial-2026, Neuendorf revelou que a federação discutiu internamente "de forma muito clara" que "devemos dar prioridade ao desportivo".
Sobre "questões políticas internas" do principal país anfitrião, os EUA, referiu que "nem sequer a Chancelaria se pronuncia. Por que razão deveria ser precisamente a DFB ou o seu presidente a fazê-lo? Não faz sentido para mim."
Neuendorf mostrou-se satisfeito com o resultado desportivo do sorteio. O grupo E da Alemanha, com Curaçau, Costa do Marfim e Equador, foi por ele descrito como "um grupo que devemos conseguir ultrapassar, temos mesmo de o fazer".
No entanto, ao analisar mais detalhadamente, sublinhou que "não se pode vencer adversários como Equador ou Costa do Marfim sem dificuldades".
"Vantagem climática"
Neuendorf prosseguiu: "O Equador tem uma defesa impressionante, terminou em 2.º na qualificação, sofreu apenas dois golos em dezoito partidas e conta com jogadores de topo na Europa. Não devemos encarar o jogo como se fosse fácil."
A Costa do Marfim "passou pela qualificação sem grandes obstáculos" e Curaçau tem em Dick Advocaat um "treinador muito experiente. Sendo neerlandês, vai certamente fazer tudo para nos dificultar a vida."
A DFB ficou satisfeita com o início precoce no torneio e com o facto de os jogos da seleção nacional serem "maioritariamente disputados no leste dos EUA": "Isso representa uma vantagem em termos de clima."
Quanto à escolha do local de estágio, ainda existem "duas ou três opções que estamos a analisar", razão pela qual o selecionador Julian Nagelsmann permaneceu no local para "observar tudo com mais atenção. Creio que em breve poderemos tomar uma decisão. É fundamental garantir um ambiente confortável."
