Por trás dessa prática e do risco de manipulação de competições estão grupos do crime organizado, assinalou o organismo, que capacita autoridades dos três países no manusamento de ferramentas contra esses delitos, na Cidade do México.
Junto ao "crescimento económico e à festa (...) também virão graves riscos", como a "manipulação de competições e as apostas ilegais, muitas vezes vinculadas ao crime organizado", disse Ronan O'Laoire, titular do Programa para Salvaguardar o Desporto da Corrupção e do Crime da UNODC, ao inaugurar o seminário.
A UNODC prevê, em particular, um "crescimento dos mercados de apostas ilegais". E, embora seja difícil quantificá-los, "estima-se que possam superar os legais em tamanho e alcance", assinalou a agência da ONU em comunicado.
Mundial sob a lupa
A UNODC também antecipa um "forte aumento" nas apostas legais durante o Mundial, tomando como referência os cerca de 35 mil milhões de dólares movimentados durante a anterior edição do Catar-2022.
A Federação Mexicana de Futebol (FMF) projeta que o país latino-americano receba 3 mil milhões de dólares (quase 2,6 mil milhões de euros) pelo Campeoanto do Mundo, que terá 13 jogos disputados na Cidade do México, Guadalajara e Monterrey.
O Mundial será disputado pela primeira vez em três países, entre 11 de junho e 19 de julho, com um total de 48 seleções.