O antigo avançado dos Países Baixos e do Barcelona tem a missão de levar a Indonésia à fase final do Mundial pela primeira vez desde 1938, e o confronto de quinta-feira em Sydney pode ser crucial para essas esperanças.
Com muitos dos seus jogadores a viajarem dos clubes na Europa, Kluivert admitiu que não houve tempo suficiente para realmente impor as suas ideias ao plantel, mas disse estar confiante de que eles estavam prontos para lutar pela primeira vitória sobre a Austrália desde 1981.
"Mudar é impossível neste momento", explicou aos jornalistas no Estádio de Futebol de Sydney na quarta-feira: "Mas, claro, há coisas que eu não explico aqui, mas haverá algumas, algumas coisas mudam, mas isso é entre nós. Penso que a equipa está pronta. Eles sabem o que esperamos amanhã, por isso estamos ansiosos por jogar o jogo."
Kluivert assumiu o comando de um plantel repleto de jogadores da diáspora indonésia, muitos deles nascidos nos Países Baixos e que jogam em alto nível na Europa.
A seleção impressionou com um nulo com a Austrália e uma vitória em casa por 2-0 sobre a Arábia Saudita no ano passado e está apenas um ponto atrás dos Socceroos, segundos no Grupo C. As duas primeiras equipas avançam diretamente para o Mundial-2026.
"Acho que já mostramos no ano passado, talvez um pouco mais, que a Indonésia é um país que precisa ser encarado com seriedade", disse o capitão Jay Idzes: "Espero, e acredito mesmo nisso, que nos próximos anos possamos realmente colocar a Indonésia no mapa."
Kluivert disse que ele e a equipa técnica, que incluem o ex-atacante do Barcelona Jordi Cruyff, não ficaram parados desde que foram nomeados, viajando pela Indonésia e passando o tempo visitando seus jogadores baseados na Europa para "compartilhar sua filosofia".
"Estou muito feliz com a qualidade que temos no grupo. Tudo pode ser melhor", disse Kluivert: "Não tivemos muito tempo para treinar, mas ainda tenho uma sensação muito boa sobre a minha equipa, sobre os jogadores individualmente, e veremos amanhã."
Idzes pôs fim a qualquer sugestão de que os jogadores da diáspora não estavam tão envolvidos emocionalmente no futebol indonésio quanto os jogadores locais.
"Falamos entre os jogadores sobre o que este jogo significa para nós, e não espero nada além do nosso melhor amanhã", disse o defesa do Veneza: "É muito importante que todos entendam que estamos a lutar e a representar o nosso país, que tem 280 milhões de pessoas nas nossas costas. Para mim, pessoalmente, não sinto uma pressão extra. Apenas sinto o apoio extra de toda a gente."