Grécia 5-1 Bielorrússia
A Grécia iniciou da melhor forma a sua campanha rumo ao Mundial. Apesar de entrar neste jogo como a equipa em melhor forma, o vendaval que se abateu sobre a Bielorrússia foi verdadeiramente impressionante.

Logo aos três minutos, Vangelis Pavlidis assumiu o papel de assistente: travou um contra-ataque bielorrusso e colocou a bola na área, onde apareceu Konstantinos Karetsas. O jovem de 17 anos não perdoou e fez o seu segundo golo em três internacionalizações. Pouco depois, aos 17 minutos, os papéis inverteram-se: uma boa sequência de passes deixou Karetsas com espaço para cruzar da entrada da área, e Pavlidis respondeu de cabeça para o fundo da baliza.
Tendo já marcado três ou mais golos em três jogos consecutivos, feito inédito neste século, a Grécia demorou apenas mais quatro minutos a garantir que prolongava a série para quatro partidas. O capitão Anastasios Bakasetas assumiu o protagonismo, disparando um remate fortíssimo de fora da área para o ângulo superior, antes de Dimitris Kourbelis ampliar para 4-0 a dez minutos do intervalo, de cabeça, após canto batido por Bakasetas, com a bola ainda a desviar em Max Ebong.
Até então, a Grécia só tinha vencido por cinco ou mais golos de diferença em jogos oficiais em cinco ocasiões na sua história. E, mesmo que o início da segunda parte não tivesse a mesma intensidade da primeira, os helénicos colocaram-se em posição de repetir a façanha pouco depois da hora de jogo. Ebong facilitou na saída de bola, Bakasetas recuperou e entregou a Pavlidis, que assistiu Christos Tzolis para o quinto golo, finalizado de primeira. No entanto, a Grécia voltou à terra quando Bakasetas cometeu uma mão na área, permitindo a German Barkovski reduzir de penálti para 5-1.
As celebrações da Bielorrússia foram naturalmente contidas e, com o destino já selado, a Grécia limitou-se a gerir até final.

Dinamarca 0-0 Escócia
A Dinamarca e a Escócia abriram as suas campanhas de qualificação para o Mundial com um empate a zero em Copenhaga.

A Escócia não marca presença numa fase final de Mundial desde 1998, mas o início desta nova campanha foi acompanhado por um sentimento de confiança, fruto de um grupo considerado acessível. Segundo o ranking da FIFA, a deslocação à Dinamarca era o desafio mais exigente do Grupo C, mas os escoceses mostraram-se à altura logo nos primeiros minutos, criando uma ocasião quando Lyndon Dykes cabeceou ligeiramente por cima. A meio da primeira parte, uma bola parada trouxe ainda melhor oportunidade: canto de Lewis Ferguson a encontrar John McGinn sozinho ao segundo poste, mas o médio do Aston Villa, normalmente fiável, atirou muito ao lado.
Perante um Parken completamente cheio, a Dinamarca apresentou-se algo aquém das expectativas. Pouco antes do intervalo, um lance de Ryan Christie sobre Pierre-Emile Højbjerg gerou protestos da equipa dinamarquesa, mas o árbitro Daniel Siebert e o VAR consideraram não haver falta. O desagrado do selecionador Brian Riemer aumentou no arranque da segunda parte, quando a sua equipa esteve à beira de sofrer: Joakim Mæhle fez um corte providencial sobre McGinn, que se preparava para finalizar.
Só após a hora de jogo os dinamarqueses criaram verdadeiro perigo, com Anders Dreyer a rematar forte para a malha lateral. Ainda ressentidos pela decisão do final da primeira parte, os anfitriões voltaram a reclamar quando Max Johnston travou Mika Biereth com a mão, alegadamente em situação de golo iminente. O árbitro mostrou apenas cartão amarelo e, mesmo depois de consultar o monitor, manteve a decisão inicial.
A Escócia passou grande parte do segundo tempo a defender, mas quase conquistava uma vitória histórica com a entrada de Ben Doak. O jovem desequilibrou na área e rematou com perigo, mas um corte in extremis desviou a bola para canto, naquela que foi a melhor oportunidade escocesa para levar os três pontos. O empate acabou por ser mais favorável para os visitantes, que agora têm pela frente um jogo decisivo contra a Bielorrússia na segunda jornada.
