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O capitão da seleção nacional foi expulso na surpreendente derrota na República da Irlanda (2-0) e não vai estar presente no Estádio do Dragão para tentar confirmar mais um apuramento para o Mundial, o quinto da carreira de CR7.
Aos 41 anos, o legado de Ronaldo na seleção portuguesa é inigualável. Com 226 jogos por Portugal, é o mais internacional da história, já com mais 80 partidas do que João Moutinho, o 2.º com mais internacionalizações, mas é no número de golos que Cristiano Ronaldo se destaca do comum dos mortais.
Com um total de 143 golos marcados, lidera a lista de marcadores da seleção quase com 100 golos a mais do que Pauleta (47), o 2.º melhor goleador da história, e 102 acima de Eusébio (41), que será homenageado no Estádio do Dragão. Mas, sem Ronaldo, quem poderá marcar os golos da seleção nacional?
Bruno Fernandes com Rui Costa na mira
O facto é que a presença de Cristiano Ronaldo na frente de ataque todos estes anos faz com que o madeirense tenha uma espécie de monopólio do golo na seleção nacional, pelo que os restantes jogadores da convocatória de Roberto Martínez não estão assim tão habituados a celebrar com a equipa das quinas.
Sem o jogador do Al Nassr, Bruno Fernandes é o jogador com mais golos na lista do espanhol. O médio do Manchester United regressa após castigo e, caso marque frente à Arménia, iguala os números de Rui Costa, atual presidente do Benfica, com 26 golos ao serviço da seleção.
O médio de 31 anos é aquele que mais se aproxima do top 5, que começa em Nuno Gomes (29 golos) e, além dos nomes já mencionados, conta ainda com Luís Figo (32 golos), mas os restantes elementos da convocatória também andam longe dos números do ex-Sporting.

Goleadores procuram-se
Ao longo dos últimos anos, Portugal tem tido dificuldades para encontrar jogadores com capacidade de conseguir dividir a balança dos golos com Cristiano Ronaldo. André Silva (19 golos) teve uma boa fase na seleção, mas há muito que não faz parte das convocatórias, pelo que o nome que se segue é o de Bernardo Silva.
O jogador do Manchester City tem um total de 14 tentos ao serviço de Portugal, mas apresenta a média mais baixa de remates certeiros do top-20 de marcadores da seleção.
Com 106 internacionalizações, o esquerdino tem os mesmos tentos do malogrado Diogo Jota, que jogou 49 vezes por Portugal. Outros nomes como Simão Sabrosa (22 golos em 85 jogos) e Sérgio Conceição (12 golos em 56 internacionalizações) atestam a baixa média de Bernardo Silva.

O jogador formado no Benfica apresenta um registo de 0.13 golos por jogo, apenas superior ao de 0.11 golos por jogo de Bruno Alves (96 internacionalizações), que marcou 11 vezes por Portugal e é defesa, e abaixo dos números de João Cancelo (12 golos em 63 jogos), por exemplo.
No entanto, os motivos de preocupação vão além do pé esquerdo de Bernardo Silva. É que, tirando os nomes já mencionados e João Félix, que tem 11 golos marcados por Portugal, não há mais jogadores na convocatória que festejaram um tento mais de 10 vezes ao serviço da seleção.
Gonçalo Ramos, eterno suplente de Ronaldo, apresenta uma média relevante, com um golo a cada 0.43 jogos por Portugal e pode atingir os dois dígitos caso marque diante da Arménia.

Por fim, restam Rafael Leão, com um registo de apenas cinco golos em 42 internacionalizações, e Diogo Dalot, com três golos em 31 partidas por Portugal. Para ter uma ideia, entre os vários jogadores no ativo, nomes como Gonçalo Guedes (sete), William Carvalho (cinco), Ricardo Horta (quatro) e Raphäel Guerreiro (quatro) cabiam neste top-8 caso tivessem sido chamados para esta janela internacional.
No domingo, a partir das 14:00, Portugal precisa de marcar para confirmar os bilhetes para o Mundial-2026. Sem Ronaldo, quem vai assumir a responsabilidade?

