O selecionador da África do Sul, Hugo Broos, voltou a convocar o influente lateral-direito Khuliso Mudau para os importantes jogos de qualificação para o Mundial-2026, frente ao Zimbabué e ao Ruanda, que se disputam ainda este mês.
Mudau tinha ficado de fora da convocatória para os jogos de qualificação do mês passado, frente ao Lesoto e à Nigéria, devido a um litígio contratual com o seu clube, o Mamelodi Sundowns, que o afastou dos relvados desde o final da última época.
No entanto, o problema já foi solucionado e Mudau voltou a jogar pela equipa de Pretória, o que representa um reforço significativo para Broos, que também procurou mediar o conflito entre as partes.
O médio defensivo Sphephelo Sithole, que atua em Portugal, também regressa após uma longa ausência por lesão, tal como o ala direito do Sundowns, Thapelo Morena. Outro defesa do Sundowns, Malibongwe Khoza, recebe a sua primeira chamada à seleção.
O restante grupo mantém-se como esperado, com Lyle Foster, do Burnley, e Iqraam Rayners, do Sundowns, como opções para o ataque.
O extremo Mohau Nkota, que joga na Arábia Saudita, e a dupla dos Orlando Pirates, Relebohile Mofokeng e Oswin Appollis, garantem profundidade nas alas, enquanto Teboho Mokoena será o pilar do meio-campo.
África do Sul viu a vantagem de três pontos no topo do Grupo C de qualificação ser anulada, depois de ter sido sancionada pela FIFA por ter utilizado Mokoena frente ao Lesoto em março.
A África do Sul venceu esse encontro por 2-0, mas acabou por alinhar com Mokoena por engano, apesar de este estar suspenso por ter acumulado dois cartões amarelos nas qualificações anteriores, um erro embaraçoso que levou à reversão do registo para 3-0 a favor do Lesoto.
O Benim lidera agora a classificação por diferença de golos, partilhando o topo com a África do Sul, ambos com 14 pontos e duas jornadas por disputar.
A Nigéria, que era favorita do grupo, está a três pontos de distância, tal como o Ruanda. Apenas o vencedor do grupo garante o apuramento direto para o Mundial, enquanto o segundo classificado ainda pode conquistar uma vaga, embora através de um exigente processo de playoff.
“Todos são responsáveis, por isso parem com isso, concentrem-se apenas nos dois jogos que se aproximam e apoiem-nos como já fizeram, e veremos até onde conseguimos chegar,” afirmou Broos aos jornalistas esta quinta-feira.
“Mas vamos fazer tudo para vencer esses dois jogos, e isso é uma motivação extra – vou tentar incutir isso também na cabeça dos meus jogadores. Vão ver que nestes dois jogos vamos lutar como leões. Nada mudou – mesmo quando tínhamos os três pontos, continuávamos a precisar de vencer os dois últimos jogos. Não percebo porque é que as pessoas começam a duvidar e, de repente, parece que já não conseguimos qualificar-nos", acrescentou.
Benim terá de viajar ao Ruanda e à Nigéria nas duas últimas jornadas, enquanto a África do Sul, pelo menos em teoria, tem compromissos mais acessíveis.
Os sul-africanos defrontam o Zimbabué em Durban a 10 de outubro, num jogo agendado como visitante, mas como os adversários não dispõem de estádios certificados pela CAF para receber partidas, o encontro foi transferido para a África do Sul e será, na prática, um jogo em casa.
Depois recebem o Ruanda em Mbombela a 14 de outubro, num duelo que pode ser decisivo para garantir a qualificação para a fase final do Mundial 2026 nos Estados Unidos, México e Canadá.
A África do Sul participou no Mundial-2010 como anfitriã, mas não conseguiu voltar a marcar presença na fase final desde 2002.