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Mundial-2026: Trump anuncia processo acelerado de vistos para portadores de bilhetes

Donald Trump recebeu Gianni Infantino na Casa Branca
Donald Trump recebeu Gianni Infantino na Casa BrancaBrendan SMIALOWSKI / AFP

Donald Trump anunciou na passada segunda-feira, a partir da Casa Branca, a implementação de um "pass FIFA" destinado a acelerar o processo de obtenção de vistos para os portadores de bilhetes para o Mundial-2026, organizado principalmente nos Estados Unidos.

A política migratória particularmente rigorosa de Donald Trump desde o seu regresso à presidência levanta dúvidas quanto ao acolhimento, em território americano, dos milhões de espectadores estrangeiros esperados para a próxima grande celebração do futebol, coorganizada pelos Estados Unidos, México e Canadá.

O sistema apresentado "permitirá aos portadores de bilhetes que enfrentam longas esperas (para o visto) solicitar uma marcação prioritária", anunciou Trump, novamente acompanhado pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino.

"Com este pass FIFA, podemos garantir que quem compra um bilhete, que são verdadeiros adeptos de futebol, poderá vir assistir ao Mundial nas melhores condições, começando pela obtenção do visto", congratulou-se Infantino, estimando entre "cinco e dez milhões" o número de espectadores de todo o mundo esperados para a competição.

"O seu bilhete não é um visto", alertou, no entanto, o secretário de Estado americano, Marco Rubio. "Não garante a sua entrada nos Estados Unidos", precisou. "Garante-lhe apenas uma marcação acelerada. Passará sempre pelo mesmo processo de verificação. Faremos as mesmas verificações que a qualquer outra pessoa. A única diferença é que colocamos estes pedidos no topo da lista".

O chefe da diplomacia americana indicou ainda que "400 agentes consulares adicionais" foram destacados em todo o mundo e que, em algumas embaixadas, os efetivos foram "duplicados".

Desde o início de junho, a administração Trump proíbe a entrada em território americano de cidadãos de doze países, maioritariamente africanos ou do Médio Oriente, e impõe restrições a outros sete. Na altura, a Casa Branca garantiu que as equipas participantes no Mundial-2026 não seriam afetadas.

Por falta de vistos, a seleção feminina de basquetebol do Senegal teve de abdicar de um estágio de preparação nos Estados Unidos no final de junho.

Dezasseis cidades anfitriãs, das quais onze nos Estados Unidos, vão receber o primeiro Campeonato do Mundo da história com 48 equipas.