Fouzi Lekjaa, que também desempenha funções ministeriais na área da Economia e Finanças, manifestou a intenção de criar uma comissão, com representantes de várias áreas, nomeadamente da sociedade civil, tendo e vista a implementação de todos os projetos estratégicos e estruturantes relativos à organização do evento.
O presidente da federação falava, na quarta-feira, em Conselho de Ministros, durante o qual o Rei de Marrocos, Mohammed VI, foi informado sobre vários detalhes do projeto de candidatura conjunta com os dois países ibéricos.
De acordo com informações da agência MAP, divulgadas esta quinta-feira pela embaixada de Marrocos em Lisboa, Fouzi Lekjaa elencou vários projetos estruturantes para o país, tendo em vista a realização da competição.
Além da modernização de estádios e da ampliação dos aeroportos das seis cidades-sede, o líder federativo destacou, entre outros pontos, o reforço das infraestruturas rodoviárias, o desenvolvimento de infraestruturas hoteleiras e comerciais, e modernização da oferta médica.
De acordo com a informação divulgada, Fouzi Lekjaa considerou que além de vertente desportiva, o Mundial-2030 “será uma oportunidade única para acelerar a dinâmica de crescimento da economia nacional nos próximos anos”.
“Permitirá criar mais oportunidades de emprego e ajudar a desenvolver a oferta turística do país e promover os valores universais de paz, unidade e desenvolvimento sustentável”, acrescentou.
Em 29 de novembro, a FIFA anunciou que a candidatura de Portugal, Espanha e Marrocos ao Mundial-2030 de futebol “demonstrou claramente capacidade para receber com sucesso” o torneio.
Segundo o relatório de avaliação do organismo, a candidatura dos três países recebeu uma nota de 4,2 em cinco, por isso “excedendo os requisitos mínimos” para ser selecionada no Congresso FIFA, na quarta-feira, na última etapa para a oficialização desta atribuição.
O Mundial-2030 vai ser disputado, pela primeira vez, em três continentes, sendo que, além de Europa e África, também passará pela América do Sul, mais concretamente por Argentina, Paraguai e Uruguai, que irão acolher três partidas da fase final, como forma de celebrar o centenário da competição, cuja primeira edição decorreu no Uruguai, em 1930.
Os três estádios portugueses que irão acolher jogos do Mundial-2030 serão o Estádio da Luz, o Estádio José Alvalade, ambos em Lisboa, e o Estádio do Dragão, no Porto.
De resto, o Estádio da Luz - o único dos três com capacidade mínima de 60.000 lugares - irá acolher uma das meias-finais da competição, revelou em abril o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes.