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Mundial-2030: Prova será recebida sem grandes investimentos, diz António Laranjo

António Laranjo, presidente da comissão organizadora do Mundial-2030
António Laranjo, presidente da comissão organizadora do Mundial-2030LUSA
O presidente da comissão organizadora do Mundial-2030 de futebol, António Laranjo, garantiu esta quarta-feira que Portugal vai receber o evento sem necessidade de fazer grandes investimentos, juntamente com Espanha e Marrocos.

Os três estádios de Portugal são estádios que estão preparados desde há muito. Já tiveram provas disso com finais da Liga dos Campeões, por exemplo, em que são eventos que se podem equiparar até a uma meia-final e, portanto, não há necessidade de fazer grandes investimentos por via daquilo que é o Mundial”, afirmou.

À entrada para um evento na Cidade do Futebol, em Oeiras, onde foi visionada a votação da candidatura dos três países ao Mundial-2030, António Laranjo assegurou que “os investimentos que têm que ser feitos são de adaptação” para aquele evento específico que é o Mundial.

São eventos de pequena monta, não têm rigorosamente nada a ver com outro tipo de eventos de reconstrução ou de ampliação que sejam necessários”, assegurou.

Laranjo lembrou que Portugal candidatou três estádios a acolher jogos do Mundial-2030, o Estádio do Dragão, no Porto, e os estádios da Luz e José Alvalade, em Lisboa, mas que apenas o recinto do Benfica pode acolher uma meia-final, com a final a poder acontecer em dois estádios em Espanha ou em Marrocos, em infraestruturas para mais de 80.000 espetadores.

A ampliação do Estádio da Luz, recentemente anunciada pelo presidente do Benfica, Rui Costa, deverá ser tida em conta pela FIFA, de acordo com Laranjo, que não acredita que essas decisões sejam anunciadas em breve prazo.

Apesar de se saber que Portugal, Espanha e Marrocos eram os únicos candidatos a este Mundial, António Laranjo disse que a candidatura dos três países continuou a trabalhar como se tivesse adversários, o que permitiu que tivessem uma excelente avaliação da FIFA.

O responsável não quis avançar os valores do retorno esperado para Portugal, mas adiantou que foi feita uma avaliação por uma entidade independente, que será em breve apresentada e já foi aprovada pela candidatura.

Sobre a importância do Mundial-2030 para Portugal, António Laranjo considera que só se vai perceber “mais próximo de 2030”, mas lembrou que “estes eventos transformam o país”, tal como aconteceu com o Euro-2004.

Nós vimos isso quando Portugal se uniu para organizar um europeu. Portugal vai unir-se para organizar um Mundial e vai unir-se não somente, consigo, com as suas gentes, mas sim com outros povos. Com o povo espanhol, com o povo marroquino, mas, acima de tudo, com o povo europeu, com o povo africano”, afirmou.

Portugal estreia-se na organização de Mundiais, após já ter recebido o Europeu de 2004, a Espanha organizou o Euro-1964 e o Mundial1982 e Marrocos acolheu unicamente a Taça das Nações Africanas (CAN) em 1988, condição que irá repetir em 2025.