"Obviamente que não estou 100% fisicamente, mas a cabeça está boa, o corpo está bom", disse o camisola 10 durante a entrevista coletiva em Belém, no Pará.
"Não é a primeira vez que sou convocado para a seleção dessa forma. Há alguns anos aconteceu a mesma coisa e joguei os 90 minutos. Se não me engano, foi contra a Colômbia, nos Estados Unidos. Não tem mistério, jogar futebol independente do tempo que fique parado, sempre vai saber jogar futebol. É que nem andar de bicicleta", acrescentou.
O avançado de 31 anos ainda não estreou na sua nova equipa, o Al-Hilal, para onde se transferiu em agosto do Paris Saint-Germain. O técnico do seu clube, o português Jorge Jesus, questionou sua presença no Brasil já que havia sofrido uma "pequena lesão".
"Não vejo as palavras que o Jorge Jesus falou como uma maldade, mas sim para preservar o seu jogador. Na última partida eu ia jogar, mas levei uma pancada no treino, ele mesmo me deixou fora do jogo para vir jogar com a seleção", explicou.
Oportunidade de superar Pelé
Se jogar contra os bolivianos, como planeado, segundo o que foi visto nos treinos, Neymar pode superar Pelé como o maior marcador da história da seleção brasileira. Os dois estão atualmente empatados com 77 golos.
"Pelé para todos aqui no Brasil é uma unanimidade que ele é o rei do futebol. Imagina você superar alguém nisso", disse Neymar.
O camisola 10 foi convocado pelo estreante Fernando Diniz, que concilia o cargo de treinador da seleção com o de técnico do Fluminense. Substituto de Tite até o italiano Carlo Ancelotti assumir o Brasil no meio de 2024, Diniz é admirado por Neymar, que chegou a pedir o técnico na Seleção.
"Diniz faz um trabalho completamente diferente de tudo que eu já presenciei. É outro tipo de futebol, ele tem uma mentalidade muito diferente dos treinadores que eu já tive. Os outros técnicos que eu tive faziam quase as mesmas coisas. Diniz não, ele gosta de reinventar o futebol, de te dar opções. É um cara muito interessante", afirmou.