Dezenas de milhões de pessoas no país do Sudeste Asiático são adeptos apaixonados do futebol, mas a única participação da Indonésia no Mundial ocorreu durante o domínio neerlandês em 1938 e o país raramente ameaçou regressar desde a independência em 1945.
Erick Thohir, que dirige a Associação de Futebol da Indonésia (PSSI), disse que o trabalho de Shin com a equipa tinha "terminado" e que o seu substituto, que se recusou a nomear, chegaria à Indonésia a 11 de janeiro.
"Precisamos de uma liderança que implemente as estratégias acordadas com os jogadores, comunique melhor e implemente melhores programas para a nossa equipa nacional", disse Thohir numa conferência de imprensa.
A Indonésia está em terceiro lugar no seu grupo de qualificação para o Mundial-2026 após seis dos 10 jogos, um ponto atrás da Austrália na luta pelo segundo lugar.

Se terminarem em terceiro ou quarto lugar, ainda podem chegar à final na América do Norte através de outras rondas de qualificação e de um play-off intercontinental.
Thohir, que disse ter entrevistado três candidatos para substituir Shin durante uma recente viagem à Europa, não se mostrou preocupado com o facto de a mudança de treinador a meio da campanha poder perturbar a equipa.
"É normal. Muitos países mudam de treinador durante as eliminatórias para o Mundial", acrescentou.
"É algo que temos vindo a discutir há muitos meses, mas penso que é o momento certo, porque ainda temos dois meses e meio de preparação para os próximos jogos. Ainda temos quatro jogos e queremos conquistar o máximo de pontos possível".

O sul-coreano Shin assumiu o cargo de treinador em 2019 e Thohir disse que seria indemnizado pelo resto do seu contrato, que vai até 2027.
A Indonésia foi a única nação do sudeste asiático a chegar à terceira fase das eliminatórias e, em novembro passado, derrotou a Arábia Saudita, potência da região, por 2-0, em Jacarta.
Shin precisou de um intérprete para treinar a equipa e Thohir disse que iria procurar melhorar a comunicação e a orientação técnica do seu substituto.
Thohir, que já foi proprietário do Inter de Milão, disse que tinha deixado claro aos candidatos ao cargo que a qualificação para o Mundial-2026 era a principal prioridade.
"Todos os candidatos que entrevistámos durante os cinco dias em que estive na Europa concordaram que esse era o objetivo. Foi por isso que concordaram em participar nas entrevistas", afirmou.