Após cada pausa internacional, iremos classificar as 10 seleções que, pelo seu momento de forma e qualidade do plantel, parecem estar melhor preparadas para triunfar nos Estados Unidos, Canadá e México.
Faltando menos de um ano, eis como está a situação.
10. Equador (-3)
Não foi uma pausa internacional particularmente positiva para o Equador, que empatou 1-1, tanto com os EUA como com o México, sendo que ambas as seleções foram superiores a La Tri.
É verdade que prolongaram a sua série invicta para 13 jogos, mas venceram apenas um dos últimos sete encontros. Continua a ser um registo louvável, tendo em conta que a vitória foi frente à Argentina, e um dos empates foi diante do Brasil, mas a equipa parece estar a perder fulgor.

9. Países Baixos (reentrada)
Depois de empatar com a Polónia e de vencer com dificuldade a Lituânia em setembro, os Países Baixos apresentaram-se muito melhor um mês depois, com triunfos por 4-0 sobre Malta e Finlândia, praticamente garantindo a presença no Mundial-2026.
O facto de ainda não terem vencido nenhuma seleção de topo desde o regresso de Ronald Koeman, há quase três anos, continua a ser motivo de preocupação, mas com tanta qualidade no onze inicial, o potencial é inegável.
Regressam ao top 10, substituindo a Alemanha, que voltou a não convencer, apesar da vitória sofrida e algo afortunada frente à Irlanda do Norte.

8. Noruega (+2)
A Noruega sobe dois lugares depois de golear novamente – desta vez, 5-0 frente a Israel – numa qualificação verdadeiramente notável, com registo 100% vitorioso, 29 golos marcados e apenas três concedidos em seis jogos.
Erling Haaland está num momento imparável, e o apoio de Martin Odegaard, Oscar Bobb, Ahmed Nusa e Alexander Sorloth também não fica nada atrás.
Depois da vitória sobre Israel, empataram com Nova Zelândia, mas desse grupo-chave de jogadores, apenas Bobb foi titular. Com a equipa na máxima força, parecem absolutamente letais.
7. Marrocos (+1)
Marrocos não se esforçou ao máximo num amigável com o Barém e numa qualificação já decidida frente à República Democrática do Congo, mas os triunfos por 1-0 em ambos significam que somam agora 23 vitórias em 25 jogos. Considerando apenas os encontros disputados pela seleção principal – a equipa do Campeonato Africano das Nações era composta apenas por jogadores do campeonato local – venceram 16 seguidos, um novo recorde no futebol internacional masculino.
Continuam a provar que a histórica caminhada até às meias-finais do último Mundial não foi obra do acaso, e vão ganhar ainda mais experiência em torneios ao organizarem a Taça das Nações Africanas no final deste ano. São um verdadeiro candidato.

6. Brasil
Durante o primeiro jogo e meio da mais recente pausa internacional, parecia que tudo começava a funcionar para o Brasil de Carlo Ancelotti, com uma goleada por 5-0 sobre a Coreia do Sul e uma vantagem de 2-0 ao intervalo frente ao Japão. Mas depois tudo se desmoronou.
Foram completamente dominados na segunda parte em Tóquio e acabaram por perder 3-2, somando apenas três vitórias em seis jogos sob o comando de Ancelotti.
Pode parecer estranho vê-los fora do top cinco, tendo em conta o plantel e o treinador, mas neste momento a equipa está a render menos do que o seu potencial.
5. Portugal (-1)
Tal como na última pausa, Portugal voltou a ter muitas dificuldades frente à Hungria, no reencontro em Lisboa, e desta vez não conseguiu vencer, empatando 2-2. Antes disso, só conseguiu bater a Irlanda com um golo de Rúben Neves, nos instantes finais.
O xG superior em ambos os jogos mostra que a equipa continua a jogar bem, mas Roberto Martinez estará ansioso por ver Cristiano Ronaldo e companhia a serem mais eficazes na finalização.

4. França (-1)
Tal como Portugal, também a França empatou 2-2 com um adversário que tinha vencido por margem mínima em setembro, somando apenas um ponto frente à Islândia.
Não se deve tirar grandes conclusões disso, tendo em conta que a equipa de Didier Deschamps já mostrou várias vezes alguma instabilidade antes de se superar nos grandes torneios, mas neste momento há três seleções que parecem mais fortes.
3. Inglaterra (+2)
A Inglaterra de Thomas Tuchel começa a carburar. Os Três Leões foram a primeira seleção europeia a garantir a qualificação para o Mundial-2026, graças a um triunfo por 5-0 sobre a Letónia, e venceram a País de Gales por 3-0 dias antes, tudo isto sem Jude Bellingham, Phil Foden e Cole Palmer.
Ainda não concederam qualquer golo nos seis jogos oficiais sob o comando de Thomas Tuchel. O treinador alemão pode não proporcionar o futebol mais entusiasmante frente a adversários mais frágeis, mas os resultados estão à vista.
2. Argentina
A grande dúvida em torno da Argentina é como irá reagir caso Lionel Messi opte por não disputar o Mundial, e a resposta foi bastante positiva frente à Venezuela: venceram apenas por 1-0, mas criaram inúmeras oportunidades com um ataque composto por Nico Paz, Julian Álvarez, Lautaro Martínez e Giovani Lo Celso.
É evidente que continuam mais fortes com aquele que é, para muitos, o melhor jogador de sempre, como ficou demonstrado na goleada por 6-0 sobre Porto Rico, dias depois, mas com ou sem Messi, a equipa está bem posicionada para defender o título.

1. Espanha
A Espanha mantém-se como principal favorita ao Mundial-2026, depois de vitórias tranquilas sobre a Geórgia e a Bulgária, alcançadas mesmo sem a sua estrela, o extremo Lamine Yamal.
Excluindo desempates por penáltis, não perdem há 23 jogos, desde março de 2023. E Pedri está rapidamente a afirmar-se como o melhor médio do mundo.