Recorde os 23 convocados de Portugal
Diogo Jota: "É o primeiro estágio sem Diogo Jota. Queremos honrar a sua memória. Estará connosco e será mais uma força para os nossos objetivos. É uma luz para nós. Vamos carregar o seu espírito no nosso coração. Ganharemos por ele e pelo seu irmão. O número de jogadores será de 23 e mais um, Diogo Jota".
Ausência de Diogo Jota: "Um aspeto humano, mas acho que a essência do Diogo era união. O Diogo queria ganhar o Mundial. Estamos aqui para lutar e atingir o sonho. A camisola 21 de Diogo Jota passa para Ruben Neves. Continua no relvado e com todos nós".
Responsabilidade acrescida de Portugal: "Portugal joga para ganhar e é isso. Aceitamos que a nossa pressão seja essa, mas o foco é continuar o caminho que temos feito. Temos de continuar a melhorar os nossos conceitos táticos, os aspetos no relvado. Mostrámos o espírito ao conquistar a Liga das Nações. Setembro é normalmente um estágio difícil, por ser uma nova época. Precisamos de começar bem. Começar com dois jogos fora de casa é difícil. Temos de igualar o lado emotivo das equipas que vamos defrontar será um desafio".
João Félix na Arábia Saudita e Rodrigo Mota com possibilidade de seguir o mesmo rumo: "Já falei muitas vezes... Não há passos certos e errados. O importante é jogar num sítio onde o jogador possa evoluir e crescer. O João Félix tem 25 anos e muita experiência. Está feliz e está a jogar, que é o mais importante. O Rodrigo Mora está numa fase normal. Acontece no futebol: momentos difíceis, momentos bons. O importante é continuar com atitude e melhorar todos os dias. O talento do Rodrigo Mora é excecional. Adoro o talento dele, que é permanente. O Rodrigo Mora estava na equipa que ganha a Liga das Nações, mas o míster Luís Freire vai falar sobre a importância de Rodrigo Mora estar nos sub-21. Não é uma despromoção. É uma oportunidade de continuar o seu processo de formação. Arábia? Não é um mercado ou uma Liga, mas um balneário que o jogador precisa. Já tivemos os exemplos do Cristiano e do Ruben Neves. Não é a Liga e o país, mas sim o papel que o jogador tem dentro do balneário".
Núcleo duro da Seleção: "O foco é agora, em setembro. Não temos o Rafael Leão e o Nélson Semedo, que não estão aptos. O João Cancelo estava no grupo, mas caiu da lista pela lesão. Estamos a acompanhar um grupo de jogadores que acho que estão muito perto da seleção, como o Ricardo Mangas, o Flávio Nazinho, o Diogo Fernandes, o João Mário, o Alberto Costa, o Mateus Fernandes, mesmo o Quenda... O importante é criar um grupo muito competitivo para que seja difícil entrar. Mas a seleção está aberta, mas precisamos de continuidade por aquilo que fizemos em junho e poder crescer nos próximos seis jogos. É uma situação esquisita. É a minha quinta fase de apuramento para um grande torneio e é a primeira vez que tenho seis jogos. Precisamos de começar onde terminámos em junho".
Dores de cabeça para escolher os 23: "Faz parte da vida da equipa técnica. Acompanhámos os jogadores e temos muita informação. O momento da escolha foi ontem e infelizmente é a primeira vez que não podemos usar o Rafael Leão no estágio. E o Nélson Semedo sempre foi um jogador importante. Temos de ganhar com lesões e situações complicadas. Temos um grupo grande e posso gerir essa perda de jogadores por lesão".
Paulinho tem feito muitos golos no México: "É um espaço difícil para entrar. Acompanhamos e todos os jogadores tem hipóteses para jogar na seleção, mas estamos a falar dos nossos pontas de lança... O Gonçalo Ramos, jogador com maior número de golos por minuto na Europa, o Cristiano com 18 golos em 23 jogos internacionais... É difícil. Gostamos de contar com dois pontas de lança. É esse o motivo. Mas acompanhamos a todos os jogadores que têm bom nível e valências para ajudar a nossa equipa".
Novo ciclo na Seleção Nacional? "Acho que o título ganho na Alemanha, contra a Alemanha e a Espanha, foi um momento psicológico muito importante para a nossa equipa. Estamos a falar de talento individual, mas o importante é criar uma equipa. Temos evoluído muito e faz parte do processo. Podemos jogar olhos nos olhos contra qualquer seleção do mundo. Isso não é talento. É dinâmica, crença e trabalho dentro do balneário. Temos uma competição nova, mas faz parte do mesmo processo que começámos há dois anos e meio".
Camisola de Diogo Jota para Ruben Neves: "Acho que seria importante o Ruben Neves falar disso. Acho que o Ruben teve uma relação muito próxima com o nosso Diogo. É a pessoa ideal para representar Diogo Jota. Não é uma decisão minha, nem da Federação. É uma decisão da família do Diogo Jota".
Renovação na Seleção Nacional: "O objetivo da seleção é melhorar e ganhar. Não é mudar por mudar. No futebol precisamos de mudar quando é preciso melhorar. Depois de ganhar a Liga das Nações, depois de vencer a Alemanha pela primeira vez em 25 anos e derrotar Espanha pela primeira vez numa final, o importante é continuar e crescer. A porta da seleção está sempre aberta, mas não vamos mudar jogadores apenas por mudar. Não estaria a fazer bem o meu trabalho. Temos de fazer aquilo que ainda não foi feito: ganhar o Mundial".
Primeiro estágio sem Diogo Jota: "As equipas têm um grupo de pessoas. Temos de preparar o aspeto físico e tático, mas o aspeto pessoal é essencial. Faz parte de comunicar, falar e partilhar muito o que acontece dentro do grupo. A ausência de Diogo Jota vai ser um fator de união. Será o primeiro estágio sem ele".
Arménia e Hungria: "Não é nada novo. Já tivemos os jogos do apuramento para o Europeu e ganhámos os 10. Os jogos de apuramento para a Liga das Nações. Agora, um apuramento com seis jogos, não há margem de erro. Começar bem, respeitar o adversário, igualar o lado emotivo. A Arménia vai jogar em casa, com um selecionador novo. A Hungria é uma equipa estável e já fizeram jogos muito bons contra Alemanha ou Países Baixos. Provavelmente será o maior desafio nesta fase de grupos. Mas não há jogos fáceis".
Ausência de Raphael Guerreiro: "O Raphael Guerreiro é jogador de seleção. Faz parte do grupo que pode ser convocado. O João Cancelo e o Diogo Dalot são importantes pela versatilidade que têm. Dão muitas opções. É importante ter jogadores experientes e versáteis. O João Mário, o Alberto Costa, o Ricardo Mangas... Para nós é muito importante ter muitos jogadores nestas posições".