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Scaloni anuncia regresso de De Paul na Argentina para o clássico contra o Brasil

Lionel Scaloni durante o treino da Argentina
Lionel Scaloni durante o treino da ArgentinaALEJANDRO PAGNI / AFP

O clássico desta quarta-feira na Espanha contra o Brasil, na 14.ª jornada das eliminatórias sul-americanas para o Mundial-2026, será "um jogo semelhante" ao que a Argentina disputou contra o Uruguai, disse o técnico da Albiceleste, Lionel Scaloni (46 anos), esta segunda-feira.

"Esperamos um jogo semelhante ao do Uruguai (a Argentina venceu por 1-0 em Montevidéu na sexta-feira), embora esperemos que seja mais parecido com o segundo tempo do que com o primeiro. Num jogo, podemos dominar e eles podem dominar-nos. O Brasil tem potencial para nos dominar porque é uma das maiores equipas do mundo, mas vamos estar preparados para isso", disse o treinador vencedor do Campeonato do Mundo, em conferência de imprensa.

A Argentina vai tentar selar o seu bilhete para o Campeonato do Mundo na quarta-feira, a partir das 00:00, no estádio Monumental , para o qual um empate será suficiente. A seleção argentina pode até qualificar-se se a Bolívia - em sétimo lugar na classificação - não vencer o Uruguai em El Alto, na partida de abertura do dia.

Lionel Scaloni também se referiu aos comentários de jogadores brasileiros, como Raphinha, que disseram que os argentinos vão dar "uma tareia".

"Não entrei nas declarações, mas já me disseram. É Argentina-Brasil, e é um jogo importante, mas não deixa de ser um jogo de futebol. Lembro-me da imagem depois da Copa América-2021, do Leo (Messi) com o Neymar, sentados nas escadas do Maracanã. É essa a imagem que tem de ficar", afirmou.

"Estes grandes jogos sempre foram jogados assim. São apertados, difíceis. Imagino que, com os jogadores que eles têm no meio-campo, são uma equipa ofensiva. Por isso, temos de saber contrariar as suas armas, estar atentos e tentar prejudicá-los através do controlo da bola", acrescentou Scaloni.

"Estes rapazes têm o ADN de jogar pela camisola, pelo país, pela família, pelos amigos. Para além dos altos e baixos ocasionais, a equipa sempre se defendeu. Esta seleção atravessou fronteiras e isso é um feito muito importante, talvez mais do que qualquer título", afirmou o treinador.

Scaloni também falou sobre possíveis atos de racismo que preocupam os jogadores brasileiros, mas disse que "essa questão está logicamente fora das nossas cabeças. Não existe nas nossas cabeças. Esperemos que as pessoas que vão torçam pela Argentina e que os brasileiros torçam pela sua seleção. Não temos que pensar muito mais sobre isso."

De Paul titular

O treinador argentino não confirmou o onze inicial para o clássico sul-americano, mas anteviu o regresso de Rodrigo de Paul ao meio-campo, pelo que Giuliano Simeone ou Leandro Paredes poderão ser titulares numa equipa que não conta com Lionel Messi, nem com os avançados Lautaro Martinez e Paulo Dybala.

"Temos de encontrar uma forma de jogar sem o Messi e, felizmente, temos grandes jogadores, que o fazem na perfeição sempre que ele não está presente, pelo que a sua ausência é notada o menos possível. Em algum momento haverá uma mudança maior, mas agora estamos muito bem", disse Scaloni.

O treinador lembrou que a Argentina não vence o Brasil em casa nas eliminatórias há 20 anos e, a esse respeito, ressaltou que "é uma estatística".

"É uma estatística que será quebrada em algum momento, espero que amanhã. Se não, não vai acontecer nada. É um jogo importante, mas ainda é um jogo para consolidar a nossa posição, para continuar na mesma linha", defendeu.

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