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Scaloni minimiza declarações de Raphinha: "Está desculpado, não fez de propósito"

Scaloni dá ordens durante o jogo.
Scaloni dá ordens durante o jogo.LUIS ROBAYO / AFP
O selecionador da Argentina, Lionel Scaloni, mostrou-se satisfeito após a vitória da Albiceleste por 4-1 sobre o Brasil, e referiu-se às anteriores declarações de Raphinha, que antecipou ter dado aos campeões do mundo "uma tareia dentro e fora do campo".

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"Desculpo o Raphinha porque sei que ele não quis dizer aquilo. Compreendo a situação de ser um jogo Brasil-Argentina, não há necessidade de fazer declarações para que o jogo seja assim. Ele defendeu a sua seleção, a sua equipa. Com ou sem declarações, a Argentina ia jogar o seu jogo, e o Brasil também", disse Scaloni numa conferência de imprensa após a vitória.

"É uma vitória da equipa. Jogámos como uma equipa e foi por isso que minimizámos o Brasil. É a única forma de vencermos este tipo de jogadores. Fizemos grandes jogos e muitas coisas boas. O importante é saber o que fazer em cada jogo, e hoje os rapazes interpretaram isso muito bem", comentou o treinador.

"Temos de jogar e competir. Haverá jogos que serão difíceis para nós. Quando falo em competir, refiro-me a não dar uma única bola, mostrar que somos capazes de qualquer jogo e, se houver momentos maus, saber ultrapassá-los", sublinhou.

Sobre a goleada tática frente à Canarinha, Lionel fez a seguinte análise: "Jogámos com muito toque de bola, dinâmicos, fomos uma equipa que não deu posições fixas em muitos momentos do jogo e é difícil pressionar uma equipa assim. Foi fundamental marcar o primeiro golo rapidamente para que eles se abrissem um pouco mais".

Olhando para o futuro, e depois de uma série em que a Argentina venceu o Uruguai e o Brasil sem Lionel Messi, o treinador disse que não está a pensar no Campeonato do Mundo. "Há muito mais para vir. Muitas coisas podem acontecer, gostamos de sofrer em cada jogo e de analisar os nossos adversários, mas o futebol é traiçoeiro e podemos ser eliminados por qualquer coisa. Jogar assim vai doer menos".

Neste contexto, Lionel considerou que estão "perto do Campeonato do Mundo" e que haverá "uma mudança". "Os jogadores continuam a sair, esta é a seleção argentina e temos de o fazer, mas não é fácil. Há jogadores que têm a sua idade, como Otamendi e Paredes, mas estão a um nível elevado. Porque é que os vou tirar?".

Por fim, respondeu à imprensa visitante: "O Brasil será sempre o Brasil. Este é um momento difícil, mas vai passar. É um país que tem história, cinco Campeonatos do Mundo. Há que ultrapassar o momento. O Brasil tem uma cultura futebolística tremenda, grandes jogadores, e vai voltar, mas espero que não seja contra a Argentina".