Recorde as incidências da partida

Para o jogo das decisões, Bino Maçães manteve o onze-base que mais garantias dera ao longo do percurso até à final e a resposta voltou a ser a habitual: muita concentração, qualidade e competência.
Anísio Cabral, what else?
Portugal mostrou desde cedo que queria assumir as despesas do jogo e procurar o golo que abrisse caminho para o troféu. Ainda assim, depois de várias aproximações da equipa das quinas, a primeira grande oportunidade pertenceu à Áustria.
Na sequência de um golo anulado a Duarte Cunha, por falta do camisola 7 sobre Florian Hofmann, aos 13 minutos, os jovens austríacos construíram uma jogada com conta, peso e medida, que só não terminou em golo porque Romário Cunha defendeu o remate de Deshihsku. Tudo começou num passe soberbo de Ifeanyi Ndukwe, do outro lado do campo.
Os pupilos de Bino Maçães não se deixaram abalar por esse momento e voltaram a exibir a personalidade que já é a sua imagem de marca. Boa qualidade no tratamento da bola e boas combinações. Resultado: golo, pois claro.
Aos 32 minutos, Mauro Furtado lançou em profundidade para Duarte Cunha, o número 7 combinou com o 10, Mateus Mide, e este serviu Anísio Cabral, que finalizou com classe. Simples e eficaz!

Mais um pedaço de história para Portugal
O segundo tempo teve um enredo distinto do da primeira parte. Em vantagem, Portugal optou por gerir o resultado com inteligência, controlando o ritmo do jogo e o ímpeto adversário.
Aos 48 minutos, Deshihsku tentou surpreender de livre direto, mas encontrou uma defesa atenta de Romário Cunha, naquela que acabou por ser uma das poucas intervenções exigidas ao guarda-redes luso, reflexo do excelente trabalho defensivo da equipa.

Pouco depois, aos 62 minutos, foi a vez de Portugal voltar a criar perigo: Anísio Cabral cruzou com precisão e Mateus Mide, de cabeça, atirou ligeiramente ao lado, num lance que merecia melhor sorte.
Até ao apito final, a seleção portuguesa elevou os seus padrões de rigor e manteve o controlo total sobre as virtudes do adversário, conduzindo o jogo com maturidade e serenidade, passando por apenas um momento de sobressalto.
Aos 85 minutos, e apenas de bola parada, a Áustria esteve perto de silenciar os adeptos portugueses, quando Daniel Frauscher atirou ao poste, para o último grande susto para as cores nacionais.
De pé ante pé, os jovens das quinas seguiram e foram até ao Olimpo: o ouro estava lá e é de Portugal.
Este é o terceiro título de campeão do mundo conquistado por Portugal, depois dos triunfos nos Mundiais de sub-20, em 1989, na Arábia Saudita, e 1991, em Portugal, em ambos os casos sob a orientação de Carlos Queiroz.
Melhor em campo Flashscore: Mauro Furtado (Portugal)
