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Há 36 anos, na Escócia, na primeira vez que disputou a competição (regressaria em 1995 e 2003) e na última em que o torneio se disputou no formato de sub-16, a equipa das ‘quinas’ conquistou a medalha de bronze, ao vencer o Bahrain no jogo de atribuição do terceiro lugar, por 3-0.
Bino Maçães, na altura ainda sem direito ao apelido que angariou como treinador, era um dos médios titulares da seleção portuguesa que mais se aproximou da final, lado a lado com uma das maiores referências do futebol nacional, Luís Figo, que marcou dois golos nessa edição.
Sob o comando técnico de Carlos Queiroz, Portugal entrou pela porta grande na prova, com uma equipa que integrava outros futuros nomes sonantes, como Peixe, Abel Xavier, Capucho, Tulipa e Gil (os dois últimos integraram o lote de melhores marcadores, com três golos).

A vitória sobre a Colômbia (3-2) e os empates com Arábia Saudita (2-2) e Guiné-Conacri (1-1) foram suficientes para terminar no primeiro lugar do Grupo D e marcar encontro nos quartos de final com a Argentina, que bateu por 2-1, antes de cair nas ‘meias’, por 1-0, perante a anfitriã Escócia, derrotada na final pelos sauditas, no desempate por grandes penalidades.
Portugal regressou ao maior palco do escalão em 1995, no Equador, já sob a designação de Mundial de sub-17, mas não conseguiu repetir a proeza, sob a liderança do treinador Rui Caçador, tendo sido eliminado nos quartos de final pelo Gana, que se impôs por 2-0 na caminhada até ao título, conquistado com um triunfo na final sobre o Brasil, por 3-2.
Com um plantel que teve em Caneira o elemento com a carreira mais destacada, a seleção lusa parecia condenada a ser afastada na primeira fase, depois de ter perdido de forma categórica na estreia por 3-0, frente à Argentina, e tangencial 3-2 no embate seguinte com a Guiné-Conacri.

Os golos do triunfo sobre a Costa Rica, também por 3-0, marcados praticamente em cima da hora por Vargas, aos 88 e 90+1 minutos, e Adolfo, aos 89, permitiram a Portugal terminar no segundo lugar do Grupo B, atrás de uma Argentina 100% vitoriosa, e obter o apuramento para os quartos de final, nos quais não resistiu ao poderio dos ganeses.
O Mundial de 2003 foi uma montanha-russa - como se anteviu logo na estreia, com o Iémen -, mas o desfecho foi o mesmo, com a eliminação nos quartos de final, perante a Espanha, que bateu o rival ibérico por 5-2 e só foi travada no jogo decisivo, ao perder com o Brasil, por 1-0.
Portugal chegou ao intervalo do jogo inaugural do Grupo C a perder por 2-0 com o Iémen, mas deu a volta na segunda parte e impôs-se por 4-3, antes de ser goleado por 5-0 pelo Brasil, futuro campeão, qualificando-se para os ‘quartos’ num confronto inusitado com os Camarões, em que iniciou a segunda parte a vencer por 4-0 e terminou com um empate 5-5.
Entre os eleitos do selecionador António Violante para a fase final, que se realizou na Finlândia, estavam vários jovens promissores, ainda que apenas João Moutinho, Vieirinha e Miguel Veloso o tenham confirmado com carreiras ao mais alto nível.
