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Em Doha, no Catar, a equipa das quinas impôs-se nas grandes penalidades (6-5), após um empate no fim do tempo regulamentar (0-0), para marcar encontro com os austríacos, que ganharam à Itália (2-0), com dois golos de Johannes Moser na etapa complementar.
Portugal irá discutir pela primeira vez o cetro em Mundiais de sub-17, em que tinha como melhor desempenho nas anteriores três presenças o terceiro lugar na estreia, em 1989 - quando a prova se destinava aos sub-16 -, não superando os quartos em 1995 e 2003.
As seleções nacionais masculinas de futebol alcançaram a terceira final em 2025, registo nunca atingido no mesmo ano civil e que começou precisamente com o triunfo da equipa treinada por Bino Maçães no Europeu da categoria, frente à França (3-0), em Tirana, na Albânia, para suceder à Itália, que tinha batido os lusos pelo mesmo resultado em 2024.
Em 01 de junho, com golos de Anísio Cabral, Duarte Cunha e Gil Neves - o último ficaria ausente do Mundial - Portugal reeditou os triunfos obtidos em 2003 e 2016, já no escalão de sub-17, e em 1989, 1995, 1996 e 2000, no antigo formato de sub-16, rumo à primeira conquista de Pedro Proença na presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Ao interromper uma sequência de quatro desaires em seis anos em partidas decisivas, a formação das quinas arrebatava um troféu pela 15.ª vez, 11 dos quais em competições continentais jovens: quatro em sub-16, três em sub-17, dois em sub-18, um nos sub-19 e outro no então Torneio Internacional de Juniores, precursor do Europeu daquele escalão.
Uma semana depois, em 08 de junho, Portugal celebrou o terceiro troféu sénior em 104 anos de história, ao destronar a campeã europeia Espanha na final da Liga das Nações, selada nos penáltis (5-3), após empate 2-2 nos 120 minutos, em Munique, na Alemanha.
Martín Zubimendi (21 minutos) e Mikel Oyarzabal (45) adiantaram os espanhóis por duas vezesa, mas Nuno Mendes (26) e o capitão Cristiano Ronaldo (61) responderam para a equipa orientada pelo espanhol Roberto Martínez, que não lograva troféus há seis anos.
Portugal reeditou o sucesso de 2019 e isolou-se no palmarés da mais jovem competição europeia de seleções organizada pela UEFA, ao chegar à segunda conquista em quatro edições, deixando para trás a Espanha, vitoriosa em 2023, e a França, campeã em 2021.
Antes da Liga das Nações, os lusos estiveram em duas finais de Europeus e começaram por perder como anfitriões frente à Grécia (1-0), em 2004, no Estádio da Luz, em Lisboa.
Angelos Charisteas impediu a equipa então liderada pelo brasileiro Luiz Felipe Scolari de festejar, mas o título chegou em 2016, com um golo no prolongamento do suplente Éder, aos 109 minutos, perante a anfitriã França (1-0), em Saint-Denis, nos arredores de Paris.
O resultado mais destacado em 104 anos de história da seleção nacional foi atingido sob orientação de Fernando Santos, que voltou aos êxitos três anos depois, quando Portugal venceu em casa os Países Baixos (1-0), com um golo de Gonçalo Guedes, ao minuto 60, no jogo decisivo da primeira edição da Liga das Nações, no Estádio do Dragão, no Porto.
Já a nível planetário, os dois títulos mundiais seguidos de sub-20, conquistados diante da Nigéria (2-0), em 1989, em Riade, e do Brasil (4-2 nos penáltis, após um nulo no fim do prolongamento), em 1991, perante quase 130.000 espetadores no antigo Estádio da Luz, registo recorde para a FIFA, eram os maiores feitos das seleções lusas até ao Euro2016.
Nas 33 finais disputadas - 30 em provas continentais e três no plano mundial -, Portugal ganhou 16 e perdeu 17, tendo o saldo entre tentos marcados e sofridos nivelado (36-36).
Os lusos nunca arrebataram Europeus de sub-21, apesar de terem estado em três finais, nem Campeonatos do Mundo de seniores e de sub-17, tendo agora a ocasião de alterar essa tendência na prova mundial mais jovem - na principal, nunca passaram das meias.
