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É o jogo que nenhuma seleção nem clube deseja disputar, porque a dor de ter ficado a um passo da glória ainda queima. No caso dos Cafeteros, significa ver frustrado o sonho de disputar a sua primeira final num Mundial.
"Fracassámos, queríamos trazer um título para a Colômbia (...) É preciso mastigar a dor, engoli-la (...) Agora temos de tentar conquistar o terceiro lugar", lamentou o selecionador César Torres após a derrota 1-0 contra a Albiceleste.
O consolo pode ser escasso para uma seleção colombiana que chegou invicta às meias-finais, apesar de ter conseguido resultados discretos na fase inicial: vitória 1-0 frente à Arábia Saudita e empates com a Noruega (0-0) e Nigéria (1-1).
O défice de golos, no entanto, foi superado nos duelos frente à África do Sul (3-1) nos oitavos e Espanha (3-2) nos quartos, onde o avançado Neyser Villarreal brilhou com cinco golos, colocando-se no 1.º lugar da tabela de marcadores do torneio juntamente com o norte-americano Benjamin Cremaschi e o francês Lucas Michal.
Suspenso frente à Argentina por acumulação de amarelos, o plantel Cafetero sentiu falta de Villarreal, que chegou ao Mundial precedido pela sua condição de melhor marcador do Sul-Americano da categoria, disputado entre janeiro e fevereiro na Venezuela, com oito golos.
Torres recupera-o para defrontar os Bleus, incluindo o lateral-direito Carlos Sarabia, também suspenso frente à Albiceleste. Persiste, além disso, a dúvida sobre se o médio ofensivo Jordan Barrera, lesionado frente à Espanha, conseguirá superar a lesão muscular que o deixou fora das meias-finais.
Com o 3.º lugar no horizonte
"Levar uma medalha deste Mundial seria o que se pode salvar, porque o nosso sonho era competir pelo título", afirmou o treinador.
Se vencer os gauleses este sábado no Estádio Nacional, a Colômbia igualará o seu melhor resultado histórico num Mundial Sub-20: em 2003, a equipa orientada por Reinaldo Rueda - atual selecionador das Honduras - terminou nessa posição na edição dos Emirados Árabes Unidos.
"Perdemos o sonho de lutar pelo título. É preciso virar a página e enfrentar o jogo que aí vem, tentar vencer como sempre tentámos ir para a frente", disse o avançado Emilio Aristizábal, filho do recordado goleador colombiano Víctor Aristizábal, que brilhou no Atlético Nacional e no São Paulo.
Na outra margem, França, campeã em 2013, chega ao duelo não só com a derrota nas meias-finais frente a Marrocos nos penáltis (5-4 e 1-1 em 120 minutos), mas também com uma prestação discreta em termos futebolísticos.
O seu desempenho apenas lhe permitiu qualificar-se para a segunda fase do Mundial como a melhor das quatro terceiras classificadas da fase de grupos.
Depois, nos oitavos, sofreu até ao último minuto do prolongamento frente ao Japão (1-0) e passou por dificuldades nos quartos frente à ultra-defensiva Noruega (2-1).
Para agravar, o técnico Bernard Diomède perdeu o médio Saïmon Bouabré após os oitavos, já que o seu clube, o Neom SC da Arábia Saudita, só o cedeu até essa ronda. Juntou-se assim às ausências dos seus jovens mais destacados, como Désiré Doué e Warren Zaïre-Emery, ambos do Paris Saint-Germain, e Mathys Tel, do Tottenham.
"Somos competidores, os jogadores são competidores; tentamos transmitir-lhes a cultura da vitória, por isso é difícil", analisou o treinador gaulês após a derrota frente aos africanos.
Onzes prováveis:
Colômbia: Jordan García; Carlos Sarabia, Simón García, Yeimar Mosquera, Juan Arizala; Elkin Rivero, Jordan Barrera, Joel Romero, Kéner González; Óscar Perea, Neyser Villarreal. DT: César Torres.
França: Lisandru Olmeta; Gady-Pierre Beyuku, Noham Kamara, Elyaz Zidane, Justin Bourgault; Tadjidine Mmadi, Moustapha Dabo, Mayssam Benama; Ilane Touré, Anthony Bermont, Lucas Michal. DT: Bernard Diomède.