Arsène Wenger, atualmente responsável pelo desenvolvimento global do futebol na FIFA, falou em Washington sobre o próximo Mundial, sublinhando as condições que a organização quer garantir aos jogadores.
“Antes de mais, quanto à qualidade dos relvados, estamos muito confiantes de que será perfeita. Dois meses antes da competição já não haverá jogos nesses estádios, o que permite uma preparação ideal. Também aprendemos bastante nesse capítulo sobre a forma de proteger melhor as equipas”, afirmou.
“Depois do sorteio, teremos definidas as cidades e os horários dos jogos. A partir daí, analisaremos cuidadosamente as melhores soluções para proteger as equipas do calor. Para garantir a saúde dos jogadores, haverá pausas para hidratação durante as partidas, previamente estipuladas”, explicou.
“A única incerteza que não conseguimos controlar é o clima, sobretudo em cidades como Miami ou Atlanta, onde já enfrentámos alguns problemas no ano passado. Ainda assim, faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para proteger a competição e os jogadores.”
Uma questão de qualidade
“Estou muito otimista em relação ao torneio, porque para se qualificar é preciso superar as equipas das respetivas confederações e isso é sinónimo de qualidade, é uma questão de resultados. Ninguém está lá por acaso ou por convite: ganharam o direito de estar no Mundial. Se olharmos para o nível dos jogadores atualmente, não há dúvidas quanto ao talento individual e coletivo das equipas. Por isso, estou confiante.”
“Colocámos a mesma questão antes do Mundial de sub-17 e fiquei agradavelmente surpreendido. Há dois aspetos a destacar: com quatro jogos a eliminar após a fase de grupos, a qualidade acaba sempre por sobressair.”
“Além disso, percebemos que os penáltis têm um impacto enorme, porque quatro eliminatórias seguidas até à final tornam tudo ainda mais exigente. A equipa que se mantiver mais coesa ao longo de toda a competição terá uma grande vantagem, algo que ficou evidente no desfecho do Mundial de sub-17.”