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Depois de um empate 0-0 na segunda jornada do Grupo A, lusos e bleus voltaram a marcar encontro no duelo decisivo, com a turma orientada por Bino Maçães a querer melhorar o segundo lugar conseguido no ano passado. Nas meias-finais, Romário Cunha foi o herói ao travar três remates no desempate por grandes penalidades com a Itália após empate 2-2, enquanto a França venceu a Bélgica por 3-2.
O tiro de partida de Anísio para a corrida de Duarte Cunha
Com a possibilidade de fazer história - Portugal nunca venceu a França neste escalão - ,os primeiros minutos trouxeram um autêntico contraste com o que foi o duelo anterior entre as duas equipas, já que desta vez foram os portugueses que entraram dominantes e a criar a primeira situação de perigo num remate de Mateus Mide, que saiu à figura.
Apesar do desgaste da meia-final, Portugal mostrava uma grande superioridade física que ficou notória quando, aos 30 minutos, Bernardo Lima antecipou-se à entrada da grande área e deixou o esférico nos pés de Anísio Cabral que, na cara do guarda-redes, teve o primeiro remate bloqueado pelo defesa, mas, à segunda, não perdoou e inaugurou o marcador.
Sem receber sustos, a seleção acabaria por dilatar a vantagem num pontapé para a frente de Romário Cunha, com Anísio Cabral a ganhar o duelo aéreo ao adversário e a defesa a esquecer-se de Duarte Cunha que, com um toque de cabeça, teve via aberta para chegar à área e desviar à saída do guarda-redes, para o 0-2. Um grande golo fabricado pelo avançado do Benfica e o extremo do FC Porto, aos 38'.
Sem alterações no segundo tempo, Anísio Cabral voltou com a corda toda e esteve muito perto de dilatar a vantagem numa jogada individual e de ângulo apertado. A França tentava ripostar, mas não conseguia encontrar rachas na defensiva portuguesa e Romário Cunha segurava tudo o que vinha pela via aérea.
Bino tem toque de Midas
Aos 60 minutos, Bino Maçães foi ao banco buscar Gil Neves, Tomás Soares e Yoan Pereira para refrescar as peças. Ainda bem que o fez. Logo após as alterações, Bernardo Lima tem uma recuperação espetacular de carrinho para roubar a bola a um adversário, partiu para cima da defesa e, em cima da área, fez um passe em desmarcação na altura certa, com Gil Neves a aparecer para rematar de primeira e fazer o 0-3 na primeira vez que tocou na bola!
Uma ascensão de sonho para o médio de 17 anos que estava no Luxemburgo até ser contratado pelo Benfica esta temporada. As entradas de Ricardo Neto e Santiago Verdi ajudaram a equipa a estancar um possível crescimento dos gauleses, cada vez mais desinspirados e cabisbaixos com o decorrer dos minutos. Até ao apito final, Yoan Pereira ainda ficou perto do quarto, com Jourdren a desviar com a ponta dos dedos para o poste, assim como Paul Eymard, no melhor lance dos franceses já perto dos descontos.
Depois de António Violante, em 2006, e Hélio Sousa, em 2016, Bino Maçães torna-se o terceiro treinador a conquistar o Campeonato da Europa de sub-17.
Homem do jogo Flashscore: Bernardo Lima (Portugal).