Segundo classificado do Grupo A, com quatro pontos, um abaixo da anfitriã e estreante Geórgia, o finalista vencido da prova em 1994, 2015 e 2021 vai encarar o dominador da poule C, com nove pontos, às 20:00 locais (17:00 em Lisboa), no modernizado Estádio Ramaz Shengelia, habitual recinto do Torpedo Kutaisi, que recebe 12.000 espectadores.
Portugal surge pela terceira vez nas últimas cinco edições na fase a eliminar do Europeu de esperanças e volta a estar nos quartos, patamar introduzido em fases finais a partir de 2021, edição que assinalou a evolução do número de seleções participantes para 16.
A prestação dos vice-campeões em título está a ser irregular e apenas foi revitalizada na terceira e última jornada, quando conjugaram um êxito sobre a Bélgica (2-1), selado com um penálti convertido pelo capitão Tiago Dantas, aos 89 minutos, com a imprescindível ajuda da Geórgia, que evitou ante os Países Baixos um desaire fatal para os lusos (1-1).

O selecionador Rui Jorge deverá ter o plantel inteiro à disposição, apesar dos problemas físicos acusados por Nuno Tavares e Pedro Neto, dois dos jogadores que começaram o último duelo em risco de exclusão, a par de José Carlos, Samuel Costa e Afonso Sousa.
Portugal deixou na sexta-feira a capital Tbilisi, onde esteve instalado desde o começo da prova e cumpriu todos os encontros do Grupo A, para rumar de comboio até Kutaisi, que acolheu a segunda de três vitórias alcançadas pela Inglaterra, campeã em 1982 e 1984.
Os três leões garantiram a qualificação para os quartos nessa vitória sobre Israel (2-0), intercalada por resultados idênticos em Batumi frente à República Checa e à Alemanha, tricampeã e atual detentora do cetro, que tinha derrotado os lusos na final de 2021 (1-0).
Mesmo promovendo várias poupanças no onze, a Inglaterra eliminou os germânicos e deu uma demonstração de pujança, ao terminar a primeira fase com o segundo melhor ataque (seis golos, os mesmos da Espanha) e a defesa menos batida (nenhum sofrido).
Essa frescura permite compensar a desvantagem de quase 24 horas de recuperação em relação a Portugal, tendo os três leões aumentado de confiança com o regresso à ronda a eliminar ao fim de seis anos, volvido um inédito ‘pleno’ de êxitos numa fase de grupos.
Com um recorde vigente de nove presenças seguidas em fases finais, a equipa treinada pelo ex-internacional irlandês Lee Carsley organiza-se em 4-4-2, com os defesas Taylor Harwood-Bellis (Burnley), Levi Colwill (Brighton), Max Aarons (Norwich) ou Ben Johnson (West Ham) a surgirem habitualmente à frente do guarda-redes James Trafford (Bolton).
Já os médios Morgan Gibbs-White (Nottingham Forest), James Garner (Everton), Jacob Ramsey (Aston Villa), Oliver Skipp (Tottenham) e Harvey Elliott e Curtis Jones (ambos do Liverpool) aportam experiência de Premier League, à semelhança das opções ofensivas.
Se Emile Smith Rowe (Arsenal) partilha com mais quatro opositores o topo dos melhores marcadores, todos com dois tentos, Noni Madueke (Chelsea), Cole Palmer (Manchester City), Anthony Gordon (Newcastle) e Cameron Archer (Middlesbrough) sinalizam o vasto repertório e a profundidade da Inglaterra, que foi igualmente finalista derrotada em 2009.
Fora do país joga o luso-inglês Angel Gomes, que passou pelo Boavista (2020/21) antes de se fixar nos franceses do Lille, treinados por Paulo Fonseca, e é filho de Gil, campeão europeu de sub-16 (1989) e mundial de sub-20 (1991) nas seleções jovens das quinas.
Portugal tem vantagem no historial de 11 partidas oficiais com a Inglaterra no escalão de sub-21, ao somar seis vitórias, dois empates e três derrotas, e saiu sempre por cima nos embates realizados na primeira fase das edições de 2002 (3-1), 2015 (1-0) e 2021 (2-0).