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Europeu sub-21: 27 convocados para fases finais ganharam troféus pela seleção AA

Cristiano Ronaldo foi o único nas três conquistas
Cristiano Ronaldo foi o único nas três conquistasCHRISTIAN CHARISIUS / DPA / dpa Picture-Alliance via AFP
Noventa futebolistas internacionais AA disputaram fases finais do Campeonato da Europa de sub-21 por Portugal, dos quais 27 participaram nos êxitos da seleção principal no Euro-2016 e nas edições 2019 e 2025 da Liga das Nações.

Entre os campeões europeus seniores de 2016, no feito mais destacado em 104 anos de história do conjunto das quinas, Bruno Alves (2002 e 2004), Ricardo Quaresma (2006), João Moutinho e Nani (2006 e 2007), Raphaël Guerreiro, William Carvalho, João Mário e Rafa (2015) e Renato Sanches (2017) jogaram a prova de esperanças, sem lograrem o único cetro continental em falta no palmarés da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Uma vitória sobre a anfitriã França (1-0), em Saint-Denis, nos arredores de Paris, levou à conquista do Euro-2016, após o suplente Eder ter resolvido a final no prolongamento, aos 109 minutos, servido por João Moutinho, que é o segundo mais internacional pelos lusos, com 146 duelos, contra 221 de Cristiano Ronaldo, também recordista de golos, com 138.

O avançado e capitão das quinas limitou-se a três tentos em 10 partidas pelos sub-21 e nunca participou no Europeu da categoria, que Portugal disputa pela 10.ª vez, e terceira seguida, desde quarta-feira, na Eslováquia, sem nenhum internacional AA à disposição.

Cristiano Ronaldo é o único futebolista presente nas três conquistas seniores da seleção, que, depois do Euro-2016, dominou duas das quatro edições da Liga das Nações, a mais recente em 08 de junho, ao vencer a Espanha, campeã da Europa e então detentora do troféu, nos penáltis (5-3), após empate 2-2 nos 120 minutos, em Munique, na Alemanha.

Nas opções para a final four constavam 15 atletas com trajeto em Europeus de sub-21, nomeadamente José Sá e Bernardo Silva (2015), Bruno Fernandes e Diogo Jota (2017), Rúben Neves (2015 e 2017), Diogo Costa, Diogo Dalot, Vitinha, Rafael Leão, Francisco Trincão, Pedro Gonçalves e Gonçalo Ramos (2021), João Neves e Pedro Neto (2023) e Francisco Conceição (2021 e 2023), vários dos quais habituais titulares na seleção AA.

José Sá, Rúben Neves, Bruno Fernandes, Bernardo Silva e Diogo Jota tinham guiado a primeira conquista da Liga das Nações, em 2019, tal como Raphaël Guerreiro, William Carvalho, João Moutinho e Rafa, que tiveram a companhia de mais três que atuaram no principal torneio de esperanças - Beto Pimparel (2004), João Cancelo (2015 e 2017) e Gonçalo Guedes (2017), autor do golo na final perante os Países Baixos (1-0), no Porto.

Das nove participações em Europeus de sub-21, habitual rampa de projeção de futuros internacionais AA, as gerações com mais jogadores desse patamar foram as de 1994, 2004 e 2015, ambas com 14, envolvendo duas das três finais perdidas pelos lusos.

João Vieira Pinto, bicampeão mundial de sub-20 em 1989 e 1991, foi uma das figuras da estreia nacional na prova, em 1994, quando a equipa então liderada por Nelo Vingada foi derrotada pela Itália (1-0), com um golo de ouro de Pierluigi Orlandini no prolongamento.

Nessa fase final participaram igualmente Nélson, Jorge Costa, Abel Xavier, Paulo Torres, Rui Bento, Peixe, Tulipa, Rui Costa, Luís Figo e Capucho, todos com trajeto no conjunto principal das quinas, após terem conquistado o Mundial de juniores de 1991, em Lisboa.

Portugal perdeu ainda as finais de 2015, no desempate por grandes penalidades frente à Suécia (3-4, após 0-0 nos 120 minutos), e de 2021, quando Lukas Nmecha deu o título à Alemanha (1-0), sendo que, além do Europeu de sub-21, nunca foi campeão mundial de seniores e de sub-17, nas únicas conquistas em falta no historial das seleções nacionais.

Além dos internacionais com troféus festejados pelos AA, o selecionador Rui Jorge, em funções desde novembro de 2010, teve nessas duas edições outros jogadores sem tanta expressão na subida de patamar: Paulo Oliveira, Ricardo Pereira, Sérgio Oliveira, Ivan Cavaleiro, Ricardo Horta e Gonçalo Paciência (2015), mais João Mário e Gedson (2021).

Integrados nas restantes fases finais, Miguel, Paulo Ferreira, Miguel Veloso, Tiago, Raul Meireles e Hélder Postiga representaram a seleção principal em mais de 50 duelos, bem como Hugo Almeida, recordista de golos (16) e Europeus disputados (três) pelos sub-21.

Já Fernando Brassard, atual treinador de guarda-redes na equipa liderada por Rui Jorge, Sérgio Leite, Vasco Faísca, Paulo Ribeiro, José Semedo, Ricardo Esgaio, Bruno Varela, Edgar Ié, Diogo Leite, Diogo Queirós, capitão em 2021, Celton Biai e Alexandre Penetra foram totalistas em Campeonatos da Europa de esperanças, mas não atingiram os AA.

Luís Figo (1994), William Carvalho (2015) e Fábio Vieira (2021), ainda sem estreia pelos AA, foram eleitos melhores jogadores de Europeus, para os quais Portugal já convocou 197 atletas, dos quais seis vieram a jogar por outros países na subida ao patamar sénior.

Se Luís Lourenço, Manuel da Costa e Bruno Varela atuaram pelas equipas principais de Angola, Marrocos e Cabo Verde, respetivamente, a Guiné-Bissau acolheu Carlos Mané, Ednilson e Edgar Ié, que ainda alinhou a nível sénior pelas quinas num duelo particular.