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Europeu sub-21: Carsley reconhece processo de aprendizagem com a Inglaterra

Lee Carsley dá instruções na linha de fundo em Nitra
Lee Carsley dá instruções na linha de fundo em NitraČTK / imago sportfotodienst / IMAGO
Lee Carsley admitiu sentir frustração após o empate a zero da Inglaterra frente à Eslovénia, resultado que deixou a equipa a olhar por cima do ombro no Grupo B do Europeu de Sub-21, antes do decisivo encontro de quarta-feira contra a Alemanha.

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Apesar de a jovem equipa de Carsley ter criado muitas oportunidades de golo contra a Eslovénia, não foi capaz de as aproveitar sob o calor abrasador do sol de Nitra. O ponto conquistado deixa a Inglaterra com quatro pontos e os ingleses ficarão desapontados por não terem passado para os oitavos-de-final, precisando de um possível resultado no meio da semana para avançar.

No final do encontro, Lee Carsley analisou a exibição da sua equipa: “A Eslovénia entrou muito forte, com agressividade, e colocou-nos sob bastante pressão. Depois conseguimos controlar o jogo, sobretudo tendo em conta a posse de bola que tivemos. Criámos várias oportunidades — e o mais frustrante é precisamente isso: não as termos aproveitado. Trabalhámos bem as jogadas, criámos ocasiões claras, mas faltou eficácia.”

Com um xG (golos esperados) de 2,40 ao longo dos 90 minutos, ficou evidente a ausência de um verdadeiro ponto focal no ataque inglês. A entrada de Jay Stansfield - o único avançado de referência no plantel - a 18 minutos do fim trouxe algum fôlego ao setor ofensivo, mas a Inglaterra não conseguiu desbloquear o marcador.

Lee Carsley manteve a convicção de que a decisão de alinhar novamente sem um avançado de referência poderia ter resultado num cenário diferente, mas reconheceu que a entrada de Jay Stansfield no domingo lhe deixou matéria para reflexão.

“Achei que, quando ele entrou, nos deu esse ponto de apoio, essa ameaça em profundidade, e até criou algumas oportunidades.”

O técnico inglês destacou ainda o impacto dos suplentes: “Todos os que entraram fizeram a diferença, e precisamos mesmo de refrescar a equipa antes do jogo de quarta-feira.”

Apesar das críticas à ausência de um ponta-de-lança declarado, Carsley defendeu as suas escolhas: “Tínhamos jogadores ofensivos suficientes em campo. Se tivéssemos aproveitado as oportunidades como no primeiro jogo, provavelmente estaríamos a falar de outra história. Se continuarmos a criar ocasiões para jogadores como o Stansfield e o Jonathan Rowe, acabaremos por marcar.”

O embate frente à Alemanha promete ser um desafio completamente diferente, e Carsley admite sentir a pressão crescente, à medida que vai conhecendo melhor os seus jogadores.

“Estou constantemente a aprender com eles. Temos de ser criativos e encontrar uma forma eficaz de jogar. Quanto mais tempo permanecermos no torneio, mais fluida será a nossa dinâmica. Os jogadores que entraram deram muito que pensar”, concluiu.