“É um teste com outro nível de dificuldade. Queremos uma equipa dinâmica, que fure uma linha de cinco defesas, que quase de certeza surgirá por parte da Escócia. Temos de ser muito dinâmicos, móveis, reativos à perda da bola e capazes de disputar este jogo, que, às vezes, vai ser mais de duelos”, antecipou o técnico, em declarações ao Canal 11.
Quatro dias depois da vitória sobre o Azerbaijão, em Barcelos, que assinalou a estreia de Luís Freire à frente da seleção de sub-21, orientada nos últimos 14 anos e meio por Rui Jorge, Portugal visita a Escócia, derrotada fora pela no arranque República Checa (2-0).
“O adversário pode utilizar dois sistemas, o ‘3-4-3’ ou o ‘3-5-2’, e pressionar com dois avançados ou com três jogadores na frente. A Escócia está sempre à procura de uma construção apoiada para, depois, conseguir explorar as costas da defesa contrária. Temos de ter atenção na recuperação defensiva. Acredito que seja um jogo de quase tudo ou nada para eles, na perspetiva de não perderem o comboio das seleções que se podem apurar para o Europeu. Para nós, também é um jogo muito importante, porque queremos dar sequência à vitória que tivemos e fazer seis pontos em dois jogos”, enquadrou.
Satisfeito pelo desempenho diante do Azerbaijão e pelas relações criadas entre jogadores e equipa técnica, Luís Freire está a viver o primeiro estágio pelo conjunto de ‘esperanças’, que aterrou no domingo na Escócia e treinou hoje no Estádio Fir Park, em Motherwell.
“É intenso. São poucos dias para passar várias ideias, mas está a ser muito positivo. Os jogadores esforçam-se para aceder ao que vamos dizendo a nível de disciplina e compromisso no trabalho, porque há pouco tempo e temos de estar concentrados”, avaliou.
Suplente utilizado na sexta-feira, o médio ofensivo Gustavo Sá disse estar a lutar para ser titular por Portugal, que soma os mesmos três pontos de Bulgária e República Checa na frente do Grupo B de acesso ao Europeu de sub-21, contra nenhum de Escócia, Gibraltar e Azerbaijão.
“As expectativas são sempre altas. Vai ser um jogo completamente diferente do anterior. Jogaremos fora, contra uma equipa mais intensa e organizada, e sabemos que será difícil, mas a nossa missão é alcançar os seis pontos nestes dois jogos em setembro”, frisou.
Siga o Escócia - Portugal com o Flashscore
Gustavo Sá, de 20 anos, elogiou o primeiro contacto dos jogadores com a nova equipa técnica, que o designou como capitão, num ciclo em que Portugal persegue a 11.ª presença, e quarta consecutiva, em Campeonatos da Europa de esperanças.
“É um papel que exige responsabilidade. Claro que estou feliz e orgulhoso por ser um dos capitães, mas acaba por ser um bocado do mesmo. Sempre tive esse papel dentro de mim e não é nada que possa retirar o foco do que mais quero fazer, que é ajudar a seleção”, notou o jogador do Famalicão, que participou na fase final de 2025, com os lusos a serem eliminados nos quartos de final pelos Países Baixos, antes da saída de Rui Jorge.
Portugal, finalista derrotado em 1994, 2015 e 2021, visita a Escócia na terça-feira, às 19:00, no Estádio Fir Park, em Motherwell, em jogo da segunda de 10 jornadas do Grupo B de qualificação para o Europeu de sub-21, sob arbitragem do eslovaco Michal Ocenás.
Os vencedores das nove ‘poules’ e o melhor segundo classificado acedem diretamente à fase final da prova, cuja 26.ª edição vai ser coorganizada por Albânia e Sérvia em 2027, enquanto os restantes oito vice-líderes avançarão para os play-offs.