Luís Freire (selecionador de Portugal):
"Já sabíamos que ia ser um jogo complicado, uma equipa muito física, uma equipa com uma dimensão física grande, a jogar em casa, muito apoiada também pelo público. Nós acabámos por, na primeira parte, ter três ou quatro oportunidades para fazer golo.
A verdade também é que a República Checa é um equipa fisicamente muito forte e muito pressionante.
Fomos assentando ao longo da primeira parte do nosso jogo, mas sempre com mais dificuldades. Mais dificuldades, uma marcação individual muito em cima também do Rodrigo Mora.
Uma equipa muito disponível também para fechar espaços. Com uma linha de cinco defesas, mais três trincos também. Controlámos o jogo, mas não criámos grandes ocasiões. Tivemos aquelas três oportunidades mas não fomos eficazes.
Na segunda parte, aí sim penso que nós fomos muito mais dominadores. Conseguimos estar no meio tempo ofensivo, instalados, a criar situações de golo. Tivemos o Roger com uma grande oportunidade, o Afonso Moreira com outra grande oportunidade para fazer o golo. Faltou-nos o golo. A verdade é que tivemos mais remates, mais oportunidades, mais cantos, mais posse.
Mas faltou concretizar e faltou principalmente sermos mais fortes nos duelos na primeira parte. Porque se fôssemos mais fortes como fomos na segunda nos duelos, na intensidade que metemos nessa vertente física do jogo, poderíamos ter a primeira parte também mais nossa. Penso que na segunda fizemos de tudo para conseguir um resultado diferente.
Quem entrou, entrou muito bem. Na verdade o João Rego mexeu muito no jogo também, o Afonso Moreira também. A malta que entrou, entrou com muita vontade, em suma, toda a gente entrou com vontade. E faltou-nos aquela pontinha também de eficácia para conseguir a vitória.
Estou satisfeito principalmente com o que tenho visto ao longo do percurso. São cinco jogos feitos. A equipa mostra-se sempre superior ao adversário. Hoje, outra vez, fomos superiores. Mandámos no jogo, criámos mais oportunidades e procurámos, até ao último minuto, marcar o golo.
Nem sempre com o melhor discernimento e, por isso, também podíamos ter sofrido um golo no fim. Mas a verdade é que os jogadores quiseram, os jogadores trabalharam, tentaram ao máximo até ao último minuto. E continuámos líderes.
Conseguimos ser líderes com vantagem, sem derrotas, sem golos sofridos. O que também mostra a coesão, a forma dos jogadores estarem em campo e a organização também".
João Rego (jogador de Portugal):
"Acaba por ser um resultado um pouco frustrante. Até aqui só tínhamos vitórias. Chegámos ao jogo sabendo bem o que tínhamos que fazer. Fizemos um bom jogo, criámos oportunidades. Acaba mesmo por faltar o golo.
(Primeira internacionalização pelos sub-21) Acho que foi uma semana positiva. Isto era algo que eu já ambicionava há algum tempo. Tenho trabalhado e acho que a oportunidade que tive aproveitei bem. Fiz tudo para tentar ajudar a equipa.
É um grupo muito unido. Fazemos várias atividades, damo-nos muito bem dentro e fora de campo. Continuando assim, o futuro será bom. Vou continuar a trabalhar (no Benfica) e vou fazer tudo para voltar cá".
João Carvalho (jogador de Portugal):
"(Zero golos sofridos) Como guarda-redes, é verdade que fico muito feliz em atingir essa marca, mas o nosso foco é vencer os jogos e hoje não conseguimos vencer. Não estamos satisfeitos com o resultado, mas vamos à procura de mais.
Realmente foi uma semana especial ter a oportunidade de estar presente no jogo da seleção principal, deixou-me bastante contente e bastante motivado para o futuro. É um momento para aproveitar e fico muito feliz".