Recorde as incidências da partida
Luís Freire (selecionador de Portugal):
“Foi não desistir até conseguirmos ‘furar’ o bloco baixo da Bulgária, que entrou com energia, a fechar muito os espaços.
Tínhamos de encontrar espaço ou por dentro ou por fora, circular rápido a bola. Tivemos uma ocasião logo aos dois, três minutos em que a bola bate no poste e podia ter ajudado a desbloquear o jogo, porque fazíamos o 1-0 e a postura da Bulgária seria outra.
Essa bola não entrou, não entraram algumas na primeira parte. Criámos várias oportunidades, mas a bola nunca entrou.
O 0-0 peca ao intervalo por escasso para nós, mas dissemos isso aos jogadores. Tínhamos de ser mais agressivos nos posicionamentos, mais fortes a chegar à área, porque o golo poderia aparecer, como acabou por aparecer.
A partir daí, o jogo tornou-se cada vez mais fácil, porque a Bulgária acabou por ceder. O momento-chave acaba por ser o golo que desbloqueia, mas vem dessa persistência, dessa insistência.
Não posso pedir mais porque sinto que os jogadores estão a esforçar-se muito. Na seleção, trabalha-se aqui muito pouco tempo. Eles vêm de clubes, alguns a jogar mais, outros menos, vêm todos de sítios diferentes, juntamo-los quatro ou cinco dias e eles tentam ter a melhor atitude possível e representar Portugal com o máximo orgulho.
Estou feliz, estamos no bom caminho, são três jogos e três vitórias, são jogos bem conseguidos, com muitas oportunidades, muitos remates e praticamente nada consentido, o que é fruto das relações que vão criando e da atitude que eles têm nos jogos.
O Rodrigo (Mora) tem muito talento, é um jogador feliz com a bola nos pés, tem qualidade e consegue exprimi-la. Aqui vai tendo também este espaço, tem tido jogo nos sub-21 e acaba por mostrar a sua qualidade.
Esse reflexo dos três golos (de Rodrigo Mora) em três jogos (na qualificação) é trabalho da equipa, não é só dele. A equipa estar bem ajuda a que as individualidades apareçam. Hoje houve várias acima da média, o Mora foi uma delas”.
Gustavo Varela (jogador de Portugal):
“Foi um golo muito importante. Mesmo chegando mais tarde, em estágio temos de estar sempre preparados. É isso que faz um jogador diferente, estar sempre preparado. É isso que tentei fazer e consegui.
Nós sabíamos que bastava a primeira bola entrar para depois tudo fluir. Foi isso que aconteceu. Estivemos sempre em cima do adversário, conseguimos fazer o primeiro golo e depois foi essa a história do jogo.
Estamos focados no próximo jogo, em dar uma boa resposta e em dar continuidade (ao que temos feito).
É muito bom fazer golos, traz sempre confiança aos pontas de lança. Mas neste momento, e como o futebol anda, é sempre muito mais importante jogar bem, fazer boas coisas e depois concluir com golos”.