Recorde aqui as incidências do encontro
Luís Freire (treinador de Portugal)
"Mais de metade do grupo não se conhecia. Sinto que foram dias intensos e bons para formar um grupo e passar as ideias. A equipa foi muito reativa à perda da bola, comprometida, pressionante, com defesa segura e meio-campo a pegar no jogo. Na primeira parte, tivemos cinco a seis oportunidades de golo. A bola teimou em não entrar. Disse ao intervalo que era preciso persistência. A equipa continuou a fazer o que tinha de fazer.
Estivemos sempre ligados até ao 3-0. Depois tivemos uma fase mais lenta, sem tanta qualidade na circulação de bola. Acabámos bem, com o quarto e o quinto golo. Fizemos uma exibição dominadora.
Temos caminho para fazer. O nosso objetivo (para a fase de apuramento para o Euro-2027) é grande. Este é um jogo inicial. A qualidade esteve lá em muitos aspetos, mas temos de melhorar para não nos precipitarmos na posse de bola e termos mais qualidade no último passe. Em termos de atitude e de compromisso, não há nada a apontar.
Temos uma equipa equilibrada. Há golos com mérito individual. Temos profundidade em quase todas as posições. Este é um grupo aberto. Estou a conhecer estes jogadores. Portugal tem uma boa geração. Vai ser preciso trabalhá-la bem. Estes jovens aparecem aqui porque são bem trabalhados pelos treinadores (nos clubes).
O Azerbaijão não me surpreendeu. Apareceu em bloco baixo, com jogadores rápidos na frente. Teve duas situações para marcar. Foi uma equipa que nos exigiu paciência e persistência para a bola entrar.
O Diogo Travassos sai (ao intervalo), porque aquela é uma posição que exige grande intensidade. Não tem jogado assim tanto. Sentimos que era preciso refrescar e dar energia”.
Leia a crónica da partida
Tiago Parente (jogador de Portugal):
"Senti-me muito bem. É sempre bom ver o nosso trabalho recompensado com esta vitória. Estamos com um grupo trabalhador. Se (a bola) não entrar à primeira (tentativa), vai entrar à segunda, à terceira e à quarta.
Na primeira parte, foi difícil encontrar os espaços. Temos de dar mérito ao nosso adversário, que estava bem organizado. Na segunda parte, a partir do momento em que entrou o primeiro golo, quisemos sempre mais.
(O trabalho de Luís Freire) nota-se na baliza a zeros. Defensivamente, estivemos bem. Tivemos uma grande reação à perda. Corremos todos para trás quando perdemos a bola e todos para a frente quando a ganhamos. Em pouco tempo, conseguimos assimilar bastantes ideias.
Estar aqui dá outra maturidade. É um contexto completamente diferente (do que vivemos nos clubes), com outro treinador. Isto permite-me adicionar coisas ao meu jogo. Todos (os jogadores) são opção (para o selecionador). Todos estão muito bem. O nível de competitividade está muito alto”.