Tudo sobre o Europeu Feminino no Flashscore
Os holofotes do futebol europeu vão centrar-se na Suíça, onde 16 seleções vão entrar em campo com um único objetivo: conquistar o título do Europeu Feminino. Ao todo, 368 jogadoras vão lutar pela glória e, com tanto talento reunido, não restam dúvidas: este será um dos grandes palcos do futebol mundial em 2025.
Figuras como Lauren James (Inglaterra), Alexia Putellas e Aitana Bonmatí (Espanha), Pernille Harder (Dinamarca), Frida Maanum (Noruega) ou Stina Blackstenius (Suécia) dispensam apresentações e já fazem parte do imaginário dos adeptos. Por isso, decidimos ir mais além e destacar outros nomes que podem surpreender, brilhar e assumir um papel de protagonistas nesta edição do Europeu.
A escolha é sempre subjetiva, claro, e há muitos outros talentos que poderiam estar nesta lista. Mas aqui ficam 10 jogadoras que deve seguir com atenção, algumas podem mesmo ser as revelações do torneio. Ora espreite:

Clàudia Pina (Espanha)
Clàudia Pina é um dos talentos mais entusiasmantes de Espanha. Estreou-se na equipa principal do Barcelona em 2018, com apenas 16 anos e cinco meses. É uma avançada jovem, extremamente versátil, capaz de atuar tanto no centro do ataque como sobre os flancos. Destaca-se pela sua técnica apurada, inteligência em campo e notável instinto goleador.
A sua maturidade competitiva, o rigor tático e a eficácia que exibe nos grandes palcos fazem dela uma peça fundamental, tanto no Barcelona como na seleção espanhola. Na temporada 2024/25, foi uma das figuras incontornáveis na caminhada vitoriosa do Barça rumo ao triplete, ficando apenas a faltar a conquista da Liga dos Campeões, prova em que, ainda assim, brilhou ao sagrar-se melhor marcadora.

Ewa Pajor (Polónia)
Ewa Pajor personifica a essência da ponta-de-lança clássica: letal na finalização, implacável dentro da área, extremamente móvel e com uma leitura de espaços de altíssimo nível.
Estreou-se na primeira liga polaca com apenas 15 anos e rapidamente se afirmou como uma das jovens promessas mais talentosas do futebol europeu. Foi na Alemanha, ao serviço do histórico Wolfsburgo, referência maior do futebol feminino germânico, que consolidou o seu estatuto de goleadora de elite. A sua transferência para o Barcelona revelou-se um sucesso imediato, entrando para a história ao tornar-se a primeira jogadora a assinar um hat-trick num El Clásico frente ao Real Madrid.
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Na seleção da Polónia, lidera com carisma e ambição, sendo peça determinante no apuramento histórico para o Europeu Feminino, onde se destacou com quatro golos e três assistências na fase de qualificação.

Tessa Wullaert (Bélgica)
Tessa é uma avançada completa, capaz de combinar presença física com inteligência de jogo. Destaca-se pelo domínio no jogo aéreo, pela mobilidade e pelo faro para golo bastante apurado. À sua capacidade dentro das quatro linhas junta-se uma liderança natural, visível tanto pelo carisma como pela influência nos momentos decisivos, fatores que a consolidam como uma das referências mundiais na sua posição.
Os números falam por si: soma 92 golos em 145 internacionalizações, um registo impressionante que reflete o papel determinante que tem tido na afirmação e crescimento do futebol feminino na Bélgica ao longo dos últimos anos.

Alessia Russo (Inglaterra)
Desde a sua chegada ao Arsenal, em 2023, Alessia Russo tem vindo a elevar o seu jogo, assumindo-se como uma das figuras centrais tanto no emblema londrino como na seleção inglesa. Aos 26 anos, já conta no palmarés com títulos de relevo, como o Campeonato da Europa de 2022, e foi peça fundamental no percurso das Lionesses até à final do Mundial de 2023, consolidando o seu estatuto como referência ofensiva da equipa.
Russo reúne vários ingredientes essenciais para o futebol de alto nível: criatividade, inteligência e um instinto goleador. No Arsenal, tem sido determinante, conquistando a Bota de Ouro da WSL e desempenhando um papel decisivo na histórica conquista da Liga dos Campeões.
A sua evolução física e técnica, aliada a uma crescente maturidade competitiva, fazem dela uma das principais figuras da seleção inglesa para o Euro-2025 e um dos nomes de maior peso no panorama internacional.

Caroline Graham Hansen (Noruega)
Nascida em Oslo, Noruega, em 1995, Caroline Graham Hansen deu nas vistas desde muito cedo pela sua técnica refinada, visão de jogo e notável capacidade para desequilibrar em duelos individuais. Com um percurso de excelência, destacou-se ao serviço do Wolfsburgo, antes de se afirmar, desde 2019, como uma das grandes figuras do Barcelona. Hoje, é unanimemente reconhecida como uma das melhores extremas do mundo, graças à combinação de velocidade, criatividade e uma eficácia impressionante, tanto no capítulo das assistências como na finalização.
No Barcelona, consolidou-se como peça fundamental de uma das equipas mais dominantes da história do futebol feminino, contribuindo de forma decisiva para a conquista de vários títulos, incluindo Ligas, Taças e múltiplas edições da Liga dos Campeões. Em 2024, essa afirmação foi também reconhecida individualmente, ao terminar na 2.ª posição do prestigiado Ballon d'Or, apenas atrás da espanhola Aitana Bonmatí. No Euro, estará pronta para dar cartas com a camisola da seleção da Noruega.

Arianna Caruso (Itália)
Arianna Caruso é uma das figuras em ascensão do futebol italiano, distinguindo-se pela sua versatilidade, regularidade, inteligência tática e capacidade de adaptação no meio-campo.
No panorama internacional, a internacional italiana afirmou-se como uma das referências da Squadra Azzurra, somando dezenas de internacionalizações e contribuindo com golos decisivos, um registo que espelha o seu perfil de média completa. Dotada de uma notável leitura de jogo, Caruso revela-se igualmente eficaz tanto na construção ofensiva como no equilíbrio defensivo, combinando precisão de passe, visão de espaços e chegada à área adversária.
Com apenas 25 anos, continua em clara evolução e é apontada como uma das peças-chave no futuro competitivo da seleção italiana.

Lea Schüller (Alemanha)
Schüller é presença habitual na seleção alemã desde 2017 e tem vindo a cimentar o seu nome entre os grandes destaques do futebol germânico, consolidando-se como uma das figuras de referência da Mannschaft. Fez parte da equipa da Alemanha que alcançou a final do Euro 2022 e teve um papel decisivo na conquista da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
Agora, carrega também a responsabilidade de assumir a difícil missão de substituir Alexandra Popp como principal referência ofensiva da seleção, tarefa exigente que só está ao alcance de jogadoras com o seu talento e maturidade competitiva.
A sua leitura de jogo, a capacidade para explorar os espaços nas costas da defesa adversária e o instinto apurado dentro da área fazem dela uma jogadora completa e temível, que alia eficiência a um perfil trabalhador e de compromisso coletivo.

Andreia Jacinto (Portugal)
Andreia Jacinto é hoje uma das maiores promessas do futebol português. Com passagem pela formação do Sporting, onde se estreou ainda adolescente na Liga, destacou-se rapidamente pela maturidade, inteligência tática e qualidade no passe, características que a levaram, em 2022, a assinar pela Real Sociedad. Em Espanha, consolidou-se como uma peça fundamental no meio-campo da equipa basca, contribuindo tanto na construção de jogo como no equilíbrio defensivo, com destaque para as assistências e a consistência nas transições.
Na seleção portuguesa, Andreia estreou-se em 2020 e desde então tem sido presença habitual, somando mais de 50 internacionalizações. Foi uma das protagonistas da histórica qualificação de Portugal para o Mundial-2023 e é apontada como uma das jogadoras-chave para o futuro da equipa das quinas.

Vivianne Miedema (Países Baixos)
Após sete temporadas marcantes ao serviço do Arsenal, Vivianne Miedema transferiu-se em julho de 2024 para o Manchester City, onde assinou um contrato de três anos. A nível internacional, é já a melhor marcadora de sempre da seleção neerlandesa, com perto de 100 golos. No currículo, destacam-se a conquista do Euro-2017 e o papel determinante na caminhada até à final do Mundial de 2019.
No Manchester City, apesar de alguns contratempos físicos, Miedema continua a evidenciar a sua qualidade técnica, inteligência tática, versatilidade e instinto letal na finalização.
Fora das quatro linhas, tem assumido igualmente um papel de destaque, sendo uma das vozes mais ativas na defesa da inclusão e no combate ao assédio no futebol feminino. A sua influência vai muito além dos relvados, tornando-a não só uma referência desportiva, mas também uma defensora convicta dos valores que se querem no futebol moderno.

Clara Matéo (França)
Clara Matéo é uma avançada versátil, habitualmente utilizada como extrema-direita ou na posição de número 10. No entanto, foi como falsa 9 que viveu a melhor época da sua carreira em 2024/25, aos 27 anos, terminando como melhor marcadora do campeonato, com 18 golos e 7 assistências. Foi ainda eleita a melhor jogadora da liga francesa.
A jogadora que enverga a camisola 10 do Paris FC, terceiro classificado da liga francesa, atrás do Lyon e do PSG, tem-se destacado também ao serviço da seleção francesa. Nos últimos quatro jogos pelas Bleues, foi decisiva em três, ao marcar frente à Suíça e à Noruega e ao assistir diante da Bélgica.
As suas exibições levaram mesmo o selecionador Laurent Bonadei a vê-la mais como titular do que como arma secreta vinda do banco. No Europeu, poderá até assumir o lugar de Marie-Antoinette Katoto no centro do ataque da França.