Recorde as incidências da partida
Depois da pesada derrota frente à Espanha (5-0), Portugal estava obrigado a pontuar no segundo jogo para manter viva a esperança de alcançar, pela primeira vez, a fase a eliminar de uma grande competição internacional.
Com pouco tempo de recuperação entre as duas partidas, o selecionador Francisco Neto, que já tinha admitido a necessidade de mudanças, promoveu cinco alterações no onze inicial, da baliza ao ataque. Destaque para o regresso de Kika Nazareth, que voltou a competir 117 dias após a grave lesão sofrida ao serviço do Barcelona.
Itália mais perigosa
O equilíbrio marcou o primeiro tempo, com a Seleção Nacional a revelar muitas dificuldades na construção de jogo, principalmente no meio-campo, onde Andreia Norton, Tatiana Pinto e Kika Nazareth demonstraram pouca ligação. Ainda assim, é justo mencionar que foi a Itália quem esteve mais perto de inaugurar o marcador, valendo a Portugal a inspiração de Patrícia Morais.
Logo aos oito minutos, a capitã italiana, Cristiana Girelli, tentou a sorte de longa distância, mas a guarda-redes do SC Braga respondeu com uma defesa com a ponta dos dedos. Aos 20 minutos, Cecilia Salvai cabeceou ao ferro da baliza portuguesa e, já aos 36 minutos, as italianas chegaram mesmo a festejar o golo, mas o lance foi anulado por fora de jogo de Severini.
Em comparação com o primeiro jogo, Portugal esteve mais sólido a nível defensivo, mas revelou incapacidade para criar perigo junto da baliza de Laura Giuliani e ainda terminou a primeira parte com um grande susto. Cristiana Girelli apareceu isolada em zona de finalização, obrigando Patrícia Morais a uma defesa espetacular, celebrada como se de um golo se tratasse... E não era para menos!
Girelli tinha avisado, Diana Gomes resgatou Portugal
A Seleção portuguesa terminou a primeira parte sem qualquer remate enquadrado com a baliza adversária e precisava de melhorar significativamente para chegar ao tão desejado primeiro golo neste Campeonato da Europa.
Contudo, as más notícias não ficaram por aí. Pouco depois da lesão de Joana Marchão, Cristiana Girelli aproveitou a desorganização defensiva portuguesa para abrir o marcador com um grande golo aos 70 minutos, deixando Patrícia Morais sem qualquer hipótese.
Portugal reagiu e, já com Andreia Jacinto em campo, subiu de rendimento. Aos 81 minutos, a equipa das quinas chegou mesmo ao empate, mas o golo de Diana Silva foi anulado após análise do VAR, que detetou um ligeiro adiantamento da avançada no momento do remate.
A equipa orientada por Francisco Neto não baixou os braços e viveu momentos de grande emoção na reta final do encontro. Aos 89 minutos, Carole Costa enviou uma bola à trave da baliza italiana e, pouco depois, foi Diana Gomes a surgir no sítio certo, aproveitando da melhor forma uma excelente combinação entre Dolores Silva e Tatiana Pinto para fazer o golo do empate.
Na resposta, Patrícia Morais voltou a brilhar com uma defesa de elevado grau de dificuldade, travando o remate perigoso de Valentina Bergamaschi e segurando o resultado.
Já aos 90+3', um cruzamento venenoso quase traiu Laura Giuliani, com a guarda-redes italiana a ser obrigada a intervenção apertada para evitar o segundo golo luso, num final de jogo de loucos, que ainda ditou a expulsão injustificada de Ana Borges.
Contas feitas, Portugal está obrigado a vencer na última jornada e a esperar que a Itália saia derrotada, além de ter de anular a desvantagem na diferença de golos (atualmente -5 para as portuguesas e +1 para as italianas) para manter vivo o sonho de seguir em frente no Europeu.
Melhor em campo Flashscore: Diana Gomes (Portugal)