Recorde as incidências da partida

Os bons indicadores deixados nos minutos finais do empate com a Itália (1-1), que mantiveram em aberto a possibilidade de Portugal discutir um lugar nos quartos-de-final na última jornada da fase de grupos, levaram o selecionador Francisco Neto a apostar na estabilidade do onze, promovendo apenas uma alteração: Catarina Amado entrou para o lugar da castigada Ana Borges.
Arranque em falso
O desafio era exigente. Portugal estava obrigado a vencer e a esperar por uma ajuda (valente) da Espanha, uma vez que precisava ainda de recuperar de uma diferença de golos considerável em relação à seleção italiana (-6 contra +1). E tudo ficou muito mais difícil logo aos três minutos de jogo.
A já eliminada Bélgica entrou a todo o gás e, em quatro toques, chegou ao primeiro golo. Pontapé de baliza de Lichtfus, Vanhaevermaet ganhou nas alturas a Fátima Pinto e a bola sobrou para Blom, que serviu Jill Janssens na direita. Esta cruzou para a inevitável Wullaert, que apareceu na área a finalizar como tão bem sabe.
Após o golo sofrido, a equipa das quinas demorou a tranquilizar-se e a organizar-se para conseguir contrariar as virtudes da adversária. Só mesmo perto do apito para o intervalo é que Portugal ameaçou a baliza de Lichtfus, embora Ana Capeta não tenha aproveitado a oportunidade.

Mudanças ajudaram, mas...
... faltou sempre mais. Francisco Neto deixou Catarina Amado e Andreia Norton nos balneários para lançar Andreia Jacinto e Lúcia Alves no início da segunda parte, e a equipa portuguesa ressentiu-se positivamente dessas alterações, sobretudo nos primeiros 15 minutos.
Portugal passou a ter mais posse de bola, com Andreia Jacinto e Kika Nazareth a combinarem bem no meio-campo, mas essa nova energia não conseguiu contagiar toda a equipa. Aos 48 minutos, a jovem virtuosa do Barcelona serviu Ana Capeta de bandeja, mas a avançada do Sporting voltou a não ter arte para bater Lichtfus.
O cenário poderia ter-se complicado (ainda) mais pouco depois da hora de jogo, quando um contra-ataque letal da Bélgica culminou com um cruzamento de Wullaert para a finalização de Toloba. Valeu a intervenção do vídeo-árbitro (VAR), que alertou a árbitra principal para uma falta de Detruyer sobre Jacinto no início da jogada.

A ideia que ficava era a de que Portugal parecia estar por cima, com mais posse de bola, mas era a Bélgica quem conseguia ser mais perigosa sempre que atacava. Um verdadeiro contra-senso.
Ainda assim, a selecção portuguesa conseguiu finalmente anular a desvantagem madrugadora já perto do fim, aos 88 minutos, com um golo de Telma Encarnação, após um passe delicioso de Kika Nazareth.
Um momento que reacendeu a esperança, mas que durou pouco. Aos 90+6’, a Bélgica voltou a marcar, através de Cayman, fixando o 1-2 final, num lance que evidenciou uma apatia clara da linha defensiva portuguesa... minutos depois de a própria Bélgica já ter visto um golo anulado por fora de jogo.
Melhor em campo Flashscore: Wullaert (Bélgica)