Recorde as incidências da partida

A Nigéria entrou em campo com uma pressão elevada, tentando dominar o jogo desde o início. No entanto, foi Portugal quem se destacou com um futebol mais fluido, buscando o golo em várias ocasiões. Aos 24 minutos, Beatriz Fonseca fez um passe milimétrico para Diana Silva, que recebeu a bola em excelente posição, mas a guarda-redes nigeriana, Chiamaka Nnadozie, defendeu com uma grande intervenção.
Dois minutos depois, um cruzamento de Catarina Amado foi mal aproveitado por Jéssica e Diana Silva, que não conseguiram finalizar de forma eficaz. Já aos 33 minutos, foi a vez de Andréia Norton, com um remate forte, mas novamente Nnadozie mostrou-se imbatível, negando o golo à equipa lusa.
Apesar de algumas boas jogadas ofensivas, a falta de eficácia continuou a ser um obstáculo para Portugal. A equipa mostrou bom acerto de passes e um jogo exterior interessante, mas não conseguiu traduzir esse maior domínio territorial em golos.

Reflexões para o Euro
Na segunda metade, a Nigéria protagonizou a sua primeira oportunidade do encontro, aos 48 minutos, quando Toni Payne rematou por cima da barra. Portugal respondeu aos 51 minutos com uma boa jogada de Beatriz Fonseca pela direita, mas Diana Silva não conseguiu (mais uma vez) concretizar. Um minuto depois, Ana Seiça obrigou Nnadozie a uma defesa fundamental, mantendo a baliza nigeriana a salvo.
Portugal parecia empenhado na busca do golo e, aos 55 minutos, Fátima Pinto fez um passe preciso para Jéssica, mas a atacante perdeu tempo e espaço e não conseguiu superar Nnadozie
Embora o rigor defensivo de Portugal tenha sido um ponto positivo, com destaque para Ana Seiça, a equipa continuou a falhar nas finalizações. O problema da falta de golos tem sido uma constante nas últimas partidas, com Portugal a registar apenas um golo nos últimos quatro jogos.

As alterações produzidas pelo selecionador nacional no segundo tempo - destaque para as estreias de Bárbara Lopes e Samara Lino - retiraram alguma posse à equipa das quinas, que passou a ter alguma dificuldade para segurar jogo a meio-campo e acabou por permitir que o adversário crescesse no último quarto de hora.
Prova disso é que, aos 80', a Nigéria voltou a ameaçar, com Francisca Ordega a rematar à barra, após um erro de Inês Pereira, mas a equipa lusa resistiu.
O empate sem golos contra a Nigéria deixa algumas reflexões em vésperas do Europeu. A defesa mostrou-se sólida, especialmente com as atuações de Ana Seiça e Fátima Pinto, sobretudo de um período de jogos com muitos golos sofridos, mas a falta de eficácia ofensiva continua a ser um problema que precisa ser resolvido pelo selecionador.