Mais

Espanha e um verão marcado pelas grandes penalidades

Mariona Caldentey e Irene Paredes após receberem a medalha de prata no Europeu
Mariona Caldentey e Irene Paredes após receberem a medalha de prata no EuropeuRFEF

Este 2025 ficará para a história pela confirmação de que as seleções espanholas, tanto a masculina como a feminina, continuam na elite mundial, mas deixa o sabor amargo das duas finais que disputaram.

No futebol masculino, a Espanha chegou à Final Four da Liga das Nações, depois de eliminar os Países Baixos nos quartos de final, precisamente após uma disputa de penáltis. Nas meias-finais, a seleção espanhola proporcionou um verdadeiro espetáculo ao derrotar a França por 5-4.

Na final, a Espanha fez um bom jogo diante de Portugal. Esteve em vantagem por duas vezes. Primeiro por intermédio de Zubimendi e depois através de Oyarzábal. A Seleção Nacional empatou por Nuno Mendes e Cristiano Ronaldo.

Na disputa de penáltis, a equipa das quinas levou a melhor. Gonçalo Ramos, Vitinha, Bruno Fernandes, Nuno Mendes e João Neves converteram os seus remates. Na seleção de Luis de la Fuente marcaram Mikel Merino, Baena e Isco. No entanto, Diogo Costa defendeu o remate de Morata, antes de Rúben Neves converter o decisivo e Portugal impedir que a Espanha revalidasse o título.

A seleção espanhola, no entanto, demonstrou que é capaz de competir até ao fim como qualquer outra e chegará ao Mundial 2026 como uma das favoritas, depois de vencer o Euro-2024 na Alemanha, ao derrotar Itália, Alemanha, França e Inglaterra.

Os erros de Basileia

No Europeu feminino, ao qual a Espanha chegou como campeã do mundo, as comandadas de Montse Tomé derrotaram a anfitriã Suíça e a Alemanha, oito vezes campeã do mundo, nas eliminatórias para chegar à final.

Aí, frente à Inglaterra, apesar do golo inicial de Mariona Caldentey, as inglesas conseguiram empatar por intermédio de Alessia Russo.

A Espanha, que tinha voltado a unir todo um país que sonhava com a primeira conquista do Europeu, lutou durante os 120 minutos e mereceu a vitória. No entanto, os remates da marca de penálti foram um obstáculo.

Os erros de Mariona, Aitana Bonmatí e Salma Paralluelo deitaram por terra as hipóteses de conquistar o título, apesar da eficácia de Cata Coll, que defendeu os remates de Beth Mead e Leah Williamson.

No caminho para o Mundial, a Espanha não teve de enfrentar nenhuma disputa de penáltis, mas sim um prolongamento frente aos Países Baixos, nos oitavos de final. Também não na Liga das Nações. Apesar de tudo, a seleção espanhola demonstrou que é uma equipa que vai aspirar a tudo nos próximos anos.