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Europeu Feminino: Hegerberg desfruta da braçadeira e aponta à meia-final no embate com a Itália

Ada Hegerberg comemora depois de marcar contra as anfitriãs Suíça
Ada Hegerberg comemora depois de marcar contra as anfitriãs Suíça SEBASTIEN BOZON / AFP
Ada Hegerberg está de regresso ao centro das atenções na seleção da Noruega, enquanto se prepara para defrontar a Itália nos quartos de final do Euro 2025 feminino.

Acompanhe as incidências da partida

Apesar de chegar ao torneio depois de uma temporada discreta no Lyon, a avançada de 30 anos tem sido a principal referência da Noruega na luta pelo primeiro grande título desde o ouro olímpico, conquistado há 25 anos.

Hegerberg mostrou-se renovada e determinada, contribuindo de forma decisiva para que a Noruega somasse nove pontos em três jogos no Grupo A, garantindo assim o apuramento perfeito e o confronto com as italianas.

Na vitória inaugural por 2-1 frente à anfitriã Suíça, Hegerberg foi determinante: marcou o golo do empate, sofreu e falhou uma grande penalidade, e acabou por estar na origem do autogolo decisivo de Julia Stierli.

Ada Hegerberg foi nomeada capitã da seleção da Noruega em fevereiro e tem ao seu lado como vice-capitã a estrela do Barcelona, Caroline Graham Hansen.

Esta nomeação surge após um período conturbado na seleção, marcado por um hiato de cinco anos no futebol internacional, entre 2017 e 2022, na sequência de desentendimentos com a Federação Norueguesa de Futebol devido à luta pela igualdade de tratamento das futebolistas.

"É um papel que exige experiência e uma atitude que mostre a importância de mantermos um bom equilíbrio entre as mais jovens e aquelas de nós que já estão aqui há mais tempo. Sabemos que temos um papel importante a desempenhar, dentro e fora de campo", afirmou Hegerberg após a vitória frente à Suíça.

As norueguesas foram pioneiras no desenvolvimento do futebol feminino moderno, tornando-se no primeiro país a conquistar o Mundial, o Campeonato da Europa e os Jogos Olímpicos. Contudo, desde o triunfo nos Jogos de Sydney, a seleção tem ficado aquém das expectativas.

Agora sob o comando de Gemma Grainger, a Noruega falhou o apuramento para a fase a eliminar nas últimas duas edições do Europeu e não atinge as meias-finais de um grande torneio de verão desde a final do Euro 2013.

Um dos momentos mais humilhantes desta trajetória recente aconteceu no último Europeu, quando a Noruega foi derrotada por 8-0 frente à Inglaterra – um torneio em que Hegerberg regressou à seleção após o seu longo exílio do futebol internacional.

"Aproveitar o momento"

Agora, Ada Hegerberg tem a oportunidade de recolocar a Noruega nas fases finais de um Campeonato da Europa, com a possibilidade de defrontar a detentora do título, Inglaterra, ou a rival escandinava, Suécia.

"Conquistámos nove pontos na fase de grupos e vamos disputar os quartos de final. É um grande momento para nós. Todos contribuíram e queremos aproveitar essa onda positiva", afirmou Hegerberg aos jornalistas esta terça-feira.

"Conseguir um lugar entre as quatro melhores equipas do Euro seria algo único. É um jogo muito importante, há muito em jogo e queremos saborear o momento. A forma como nos comportámos como equipa tem sido excecional."

Pelo caminho da Noruega está agora a Itália, que superou um Grupo B bastante exigente, liderado pela campeã mundial Espanha.

Embora seja uma potência histórica no futebol masculino, a Itália tem vindo a destacar-se também no feminino e deixou boas indicações na Suíça, sob o comando de Andrea Soncin, apesar das dificuldades evidentes na finalização.

"É uma boa equipa e o futebol feminino tem evoluído muito lá nos últimos anos. Vai ser muito bom jogar contra uma nação com tanta importância no futebol", destacou Hegerberg.