Recorde as incidências da partida
A vitória da Inglaterra sobre a Suécia, que garantiu às atuais campeãs um lugar nas meias-finais do Euro-2025, contou com tentativas falhadas e defesas de ambas as guarda-redes. No entanto, com a Inglaterra a falhar quatro e a Suécia cinco dos seus sete remates, as jogadoras foram alvo de muitas críticas na Internet.
"Para alguém assumir a responsabilidade, é preciso muito, por isso o mérito é de quem bate um penálti nesses momentos", disse a avançada inglesa Alessia Russo.
Depois do que foi descrito no site da BBC como a "maior e pior disputa de grandes penalidades de todos os tempos", a defesa sueca Smilla Holmberg recebeu conforto, e não críticas, de jogadoras de ambos os lados depois de falhar a cobrança decisiva.
"Dissemos-lhe que devia estar orgulhosa de si própria, que era corajosa, que tinha feito um grande campeonato e que era fantástica", disse a guarda-redes sueca Jennifer Falk, emocionada, aos jornalistas.
A escassa taxa de conversão de 36% foi a pior taxa combinada de desempate por grandes penalidades na história do Euro Feminino da UEFA, de acordo com a ESPN, sendo que a única outra abaixo dos 50% foi a da meia-final de 2017 entre a Dinamarca e a Áustria (43%).
No entanto, a antiga guarda-redes sueca Hedvig Lindahl, que sofreu uma derrota semelhante por 3-2 na final olímpica de 2021 contra o Canadá, disse à Reuters na sexta-feira que Falk e a guarda-redes inglesa Hannah Hampton mereciam elogios na disputa de grandes penalidades.
"Temos de dar crédito às guarda-redes que realmente dominaram aquele momento ontem à noite... a cada defesa que Falk fazia, ela crescia aos olhos das marcadoras de penáltis, e o mesmo acontecia com Hampton", disse ela depois de Falk ter feito quatro defesas contra duas de Hampton.
"Veja-se o penálti de Magda Eriksson - não é um mau penálti só porque ela acertou na trave. Isso aconteceu porque ela queria tanta margem em relação a Hampton na baliza que tentou colocar a bola mais perto do poste do que normalmente faria. Isso é que é ser boa guarda-redes", explicou Lindahl.
A disputa de penáltis foi alvo de críticas contundentes dos adeptos nas redes sociais, e muitos a usaram como argumento contra o futebol feminino.
No entanto, estudos demonstraram que as taxas de conversão nos penáltis são semelhantes entre mulheres e homens, com ambos a atingirem taxas de sucesso na ordem dos 75 a 80%.
Lucy Bronze converteu o seu primeiro penálti pela Inglaterra - e o remate decisivo da sua equipa - apesar de ter sido prejudicada por uma tensão no tendão, com um remate a 102,51 km/h, o terceiro golo mais rápido do torneio até agora.