Chloe Kelly converteu o penálti decisivo na cidade suíça de Basileia, com a equipa de Sarina Wiegman a defender com sucesso o título europeu feminino conquistado em Wembley, em 2022.
Os adeptos, muitos dos quais vestidos com equipamentos da Inglaterra e segurando bandeiras, aplaudiram enquanto esperavam no exterior do aeroporto de Southend, cerca de 64 quilómetros a leste de Londres.
Num post no X, a equipa partilhou uma fotografia do troféu envolto numa bandeira de Inglaterra num assento do avião, que tinha "Home" pintado em letras vermelhas na lateral.
O avião foi recebido com uma salva de água por dois carros de bombeiros após a aterragem. A capitã Leah Williamson e a treinadora Wiegman foram as primeiras a sair, com a capitã a segurar orgulhosamente o troféu.
Entre os adeptos que aguardavam, encontravam-se as gémeas Poppy e Daisy Macdonald, de 11 anos, que seguravam um cartaz a pedir uma fotografia com a avançada Alessia Russo.
"Estamos muito orgulhosas. Elas ganharam duas vezes seguidas e trabalharam tanto para isso", disse Poppy.
"Tiveram muitas lesões e contratempos, mas saíram-se muito bem", acrescentou.
As Lionesses serão depois levadas diretamente para 10 Downing Street, a residência oficial do Primeiro-Ministro britânico Keir Starmer.
Na terça-feira, haverá um desfile em autocarro aberto, que culminará com uma celebração em frente ao Palácio de Buckingham.
A vitória na Suíça foi uma doce vingança para as campeãs de Wiegman, que sofreram uma amarga derrota contra as mesmas adversárias na final do Mundial, há dois anos.
O Rei Carlos III disse que a equipa tinha o "mais caloroso apreço e admiração" da família real após a sua vitória, acrescentando: "A próxima tarefa é trazer para casa o Mundial em 2027, se for possível."
Starmer também saudou o triunfo, dizendo: "As Lionesses conquistaram mais uma vez os corações da nação."
A receção em Downing Street foi organizada pela vice-primeira-ministra Angela Rayner e pela ministra do Desporto, Stephanie Peacock.
As bandeiras vermelhas e brancas de São Jorge estavam penduradas à volta da famosa porta preta antes da chegada da equipa mais tarde, esta segunda-feira, vinda de uma Zurique chuvosa.
Drama tardio
A vitória na Suíça no domingo encerrou um torneio notável, repleto de dramas tardios para a Inglaterra.
A equipa de Wiegman começou lentamente, perdendo o primeiro jogo contra a França, antes de obter vitórias confortáveis sobre os Países Baixos e o País de Gales na fase de grupos.
Recuperaram de uma desvantagem de 2-0 contra a Suécia nos quartos de final antes de vencerem nos penáltis, e garantiram o seu lugar na final de domingo, com uma vitória no último suspiro, no prolongamento, contra a Itália.
As campeãs em título voltaram a estar em desvantagem diante da Espanha, no domingo, mas Russo anulou o golo inaugural de Mariona Caldentey na primeira parte, e nenhuma das equipas conseguiu encontrar o golo da vitória até ao final do prolongamento.
Duas defesas de penálti da jogadora da partida, Hannah Hampton, e a falha de Salma Paralluelo prepararam o terreno para Kelly, que também marcou o golo da vitória contra a Alemanha, na final de 2022.
No total, as Leoas lideraram por menos de cinco minutos em toda a fase a eliminar do Euro.
"Tenho de admitir que este é o torneio mais caótico e ridículo que já jogámos", disse Wiegman.
"As jogadoras dizem que podemos ganhar de qualquer maneira, e nós nunca, nunca desistimos", acrescentou.
A treinadora neerlandesa, que já conquistou três títulos europeus consecutivos, depois de ter levado os Países Baixos à vitória em 2017, disse esperar que a vitória da Inglaterra impulsione o futebol feminino em todo o mundo.
"O que senti neste torneio é que o nível voltou a subir, a intensidade dos jogos foi ao máximo", afirmou.
"É o que temos visto. Vimos isso nos jogos, mas também nos dados que temos. Acho que este torneio bateu todos os recordes novamente, o que é ótimo, e espero que isso impulsione o futebol feminino em todo o lado", acrescentou.