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Europeu Feminino: Tudo a postos para a melhor edição da história

O Euro feminino arranca esta quarta-feira
O Euro feminino arranca esta quarta-feiraDaniela Porcelli/Getty Images
Todos os anos, o futebol feminino continua a bater recordes: seja ao nível da assistência, dos prémios monetários, do número de bilhetes vendidos ou da audiência televisiva. Um sinal claro de que, apesar da relutância ainda sentida em países como França, esta modalidade está a conquistar cada vez mais adeptos, especialmente na Europa. E no Euro-2025, tudo indica que o espetáculo estará à altura dessas expectativas.

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O Euro-2022 foi uma grande festa e uma merecida recompensa para o futebol inglês, que durante anos trabalhou arduamente para tornar esse sucesso uma realidade. E o que se seguiu? Uma verdadeira explosão da modalidade, com a liga inglesa a afirmar-se como a número um da Europa, alimentada por clubes ambiciosos que atraem cada vez mais adeptos aos estádios.

Esta dinâmica está bem espelhada nos números avançados pela UEFA: estima-se que 41 mil adeptos ingleses se desloquem à Suíça para o Euro-2025, um número impressionante, tendo em conta a distância e os constrangimentos como a necessidade de visto.

Nunca antes um Campeonato da Europa Feminino tinha registado tamanha procura antes do pontapé de saída. Já foram vendidos mais de 600 mil bilhetes, com vários jogos esgotados e adeptos a fazerem fila desde as 11 da manhã para garantir o bilhete tão desejado.

A UEFA fez uma aposta arrojada, mas certeira: organizar o torneio num país suficientemente pequeno para ser percorrido de ponta a ponta num só dia através de transportes públicos, com estádios de dimensões controladas, mais modestos para os jogos de menor destaque e maiores para os encontros da fase de grupos com maior apelo.

O entusiasmo do público está longe de ser apenas pela festa - o nível desportivo cresceu consideravelmente. Graças à evolução das últimas temporadas, as seleções elevaram o seu jogo, as ligas tornaram-se gradualmente mais profissionais e as jogadoras são agora verdadeiros ídolos para as gerações mais jovens.

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A Suíça, embora ainda a alguma distância de países vizinhos no desenvolvimento da modalidade, empenhou-se na preparação da competição e quer que a sua reputação vá além da boa organização.

No relvado, os adeptos do último Campeonato do Mundo reencontrarão equipas como Portugal, que deslumbrou e quase eliminou os Estados Unidos, e a Polónia, que fará a sua estreia no Europeu, liderada pela nova estrela do Barcelona, Ewa Pajor.

E, claro, estarão presentes as grandes favoritas: a bicampeã mundial Espanha; a Inglaterra, em processo de renovação após a saída de jogadoras influentes; e a Alemanha, com uma nova geração que tenta apagar a má imagem deixada pelo fracasso no Mundial de 2023.

Entre os candidatos ao título está também a França, que vive um momento de incerteza e transição. A antiga estrela norte-americana Tobin Heath não esconde a sua incompreensão em relação às opções do seleccionador Laurent Bonadéi, mas reconhece o entusiasmo de ver uma seleção rejuvenescida, numa tentativa de relançar o futebol feminino francês. Depois de uma época em que o tempo de jogo das jogadoras pareceu ser atribuído consoante a liga onde atuavam, o Euro-2025 promete momentos de glória, surpresas, lágrimas de alegria e de tristeza.

Como lembra Éric Blahic, antigo adjunto da selecção francesa: "O importante é passar a fase de grupos. No futebol, tudo acontece muito depressa e talvez ainda mais depressa no feminino."

Por isso, se está preparado para ver Aitana Bonmatí brilhar, apesar de ter superado uma meningite, Kika Nazareth a transformar-se no ícone do futebol português, mesmo a partir do banco, ou Lea Schüller a assumir o legado deixado por Alexandra Popp, então sintonize a RTP, o Canal 11 ou acompanhe de onde estiver. Entre a bordo antes que seja tarde demais.

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