Desejosa de se redimir depois de ver a FIFA preferir o Brasil em 2024 para acolher o Mundial-2027, a Alemanha tem como objetivo "ajudar a concretizar (...) o enorme potencial ainda por explorar" do futebol feminino, segundo o seu dossiê.
"Temos grandes estádios e estou convencido de que conseguimos enchê-los", afirmou recentemente Bernd Neuendorf, presidente da federação, sublinhando que a Alemanha dispõe de oito recintos que superam largamente as exigências de capacidade da UEFA.
O estádio de Wolfsburgo oferece apenas 26-000 lugares, mas Leipzig, Colónia e Hanover ultrapassam os 40.000, Dusseldorf e Frankfurt chegam aos 50.000, enquanto Dortmund e a Allianz Arena de Munique atingem os 60-000. No total, a Alemanha pretende "vender mais de um milhão de bilhetes", em comparação com os 657.291 deste verão na Suíça, um critério importante, já que o Euro feminino continua a ser deficitário para a UEFA apesar do seu crescente sucesso junto do público.
O país destaca ainda a sua localização central e a densa rede ferroviária, uma vantagem já valorizada na Suíça, que conseguiu transportar 86% dos detentores de bilhetes em transportes públicos, a pé ou de bicicleta.
Itália e Portugal retiraram as suas candidaturas para se concentrarem na coorganização de dois torneios masculinos: o Euro-2032 com a Turquia e o Mundial-2030 com Espanha e Marrocos, respetivamente.
Gigante do futebol feminino, com oito títulos continentais e já dois Euros organizados (1989, 2001), o país era ainda mais favorito por ter acolhido recentemente, com grande sucesso, o Campeonato da Europa masculino em 2024.
