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Feminino: Lea Schüller, a clássica "bombardeira" da Alemanha, põe a Suécia em alerta

Lea Schüller comemora o seu golo contra a Dinamarca
Lea Schüller comemora o seu golo contra a DinamarcaPhoto par SEBASTIEN BOZON / AFP
Depois de se ter qualificado para os quartos de final do Euro-2025, apesar de alguns jogos pouco convincentes, a Alemanha pode contar com o sucesso da avançada Lea Schüller, que finalmente saiu da sombra de Alexandra Popp, para ajudar a equipa a lutar pelo primeiro lugar contra a Suécia, em Zurique, este sábado.

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"Nunca tinha encontrado um rácio de golos como este", admitiu na terça-feira o antigo médio Christian Wück, referindo-se aos 54 golos marcados em 77 jogos pela camisola 11, incluindo dois desde o início do Europeu.

Schüller, invisível durante quase 66 minutos contra a Dinamarca, apareceu para colocar no fundo das redes um presente da nova jogadora do Lyon, Jule Brand, para dar aos alemães uma vantagem decisiva de 2-1.

"Estava muito sozinha em frente à baliza, só tinha de empurrar a bola para dentro. Foi uma grande exibição coletiva", disse com humildade a jogadora do Bayern de Munique.

Mas quatro dias antes, com a mesma qualidade de posicionamento, Schülli esgueirou-se entre duas jogadoras polacas para cabecear o cruzamento de Brand exatamente no mesmo minuto, selando a vitória por 2-0 para os vice-campeões europeus.

"Não sei o que se passa com a Lea. Acho que ela sente o momento em que queremos substituí-la e marca um golo rapidamente", brincou Wück na terça-feira.

Primeiro lugar em jogo

Mais a sério, o treinador alemão de 52 anos elogiou "uma goleadora como qualquer equipa precisa", uma predadora de área na mais pura tradição alemã, a do "Bomber" Gerd Müller.

Durante muito tempo, Lea foi na seleção nacional apenas a substituta relativamente anónima da lendária Popp, que terminou uma carreira internacional com 67 golos em 145 jogos com a medalha de bronze nos Jogos de Paris-2024.

Com 0,70 golos por jogo contra 0,46 da sua compatriota, a atacante do Bayern é ainda mais letal, mas sem a mesma aura de liderança, já que a braçadeira de capitã foi entregue à defesa-central Janina Minge após a retirada da capitã Giulia Gwinn, que lesionou o joelho esquerdo contra a Polónia no início do torneio.

Os números de Lea Schüller
Os números de Lea SchüllerFlashscore

A atacante de 27 anos também não impressionou os observadores: as extremas Jule Brand e Klara Bühl foram nomeadas pela UEFA como as melhores jogadoras contra a Polónia e a Dinamarca, respetivamente.

A Alemanha vai precisar do seu faro de golo se quiser lutar pelo primeiro lugar do grupo contra uma Suécia que dominou a Dinamarca (1-0) e depois a Polónia (3-0) graças à inteligência da capitã Kosovare Asllani e ao seu domínio coletivo no jogo aéreo.

Quando se trata de aproveitar até mesmo as menores oportunidades, a Alemanha pode contar com Schüller.

"Passar relativamente despercebida, mas estar lá quando é preciso marcar, é exatamente isso que define uma goleadora", resumiu Wück.