Acompanhe a estreia de Portugal no Euro Feminino
Sobre o jogo com Espanha: "Acima de tudo, queremos ser uma equipa competitiva, esse é o nosso foco principal. Sabemos o valor do adversário que temos pela frente, conhecemos bem o contexto e sabemos o que nos trouxe até aqui. Temos sido capazes de chegar a fases finais e amanhã temos de ser uma equipa altamente competitiva e organizada. Pontuar seria muito importante e é esse o nosso objetivo."
Derrotas na Liga das Nações: "Sinceramente, e com todo o respeito, acho que não temos de provar nada. Temos, sim, de continuar o nosso trabalho. Estamos no patamar a que nos propusemos e queremos ir mais além, sabendo que competir ao mais alto nível é muito difícil. Mas nunca abdicámos de tentar. Tivemos dois jogos em que fomos muito competitivos e organizados, em que merecíamos outro resultado. Depois, tivemos dois jogos onde não estivemos tão bem. Agora, é aprender e seguir em frente. Se ficarmos presos ao passado, não damos o passo em frente. Acreditamos muito no que temos vindo a construir, sabendo que há muito para melhorar, como em todas as equipas."
Objectivo de Portugal: "Temos de competir jogo a jogo. Enquanto os objetivos não forem alcançados, temos de pensar sempre no próximo jogo. Acreditamos que podemos fazer coisas boas contra a Espanha, confiamos na nossa competência e no que podemos fazer. Será um jogo difícil, mas acreditamos nas nossas oportunidades. Não pensamos ainda na Itália ou na Bélgica, só no adversário de amanhã."
O que espera da Espanha: "Espero que sejamos organizados e competitivos, como fomos no primeiro jogo entre as duas seleções. A Espanha sofreu dois golos, tivemos oportunidades para fazer mais e conseguimos equilibrar o jogo, limitando os espaços. Foi uma exibição muito competente da nossa parte. Acredito que vamos conseguir equilibrar novamente o jogo nesses aspetos, mas temos de estar ao mais alto nível."
10 jogadoras a ter em atenção no Europeu Feminino
Jogo de transições: "Não se trata apenas de Portugal. A Espanha é dominadora, ataca com muitas jogadoras e, naturalmente, isso cria espaço. É uma equipa que gosta de ter posse de bola e projeta muito as laterais. As equipas acabam por jogar aquilo que a Espanha permite. Gostávamos de conseguir empurrá-los mais para trás e temos de aproveitar todas as oportunidades que tivermos. Se tiver de ser num contra-ataque, será. Mas, ao mesmo tempo, temos de ser competentes a defender e a limitar as oportunidades do adversário."
Telma Encarnação e Kika Nazareth: "Ainda vamos ter mais um treino e vamos ver como estão. Ambas vão iniciar o treino e tomaremos as decisões em função da resposta que derem e do que o jogo exigir."
Portugal oito anos depois do primeiro Europeu: "Portugal está mais experiente, o treinador está com mais cabelos brancos, mas com a mesma ambição e orgulho. Um dos momentos mais marcantes da minha carreira foi ouvir o hino na primeira fase final, em 2017. Desde então, tanto Portugal como Espanha cresceram muito. Estamos em fases distintas, é certo, mas partilhamos a mesma ambição. Queremos aproveitar este crescimento e continuar a marcar presença em fases finais."
Assinava o empate? "Assino por fazer um bom jogo e ser competitivo. Se o empate for justo, assino. Não vamos entrar em campo a pensar no empate, faremos a avaliação no final. Empatámos com a Inglaterra e, no fim, senti que merecíamos ganhar. Contra a Espanha, perdemos, mas também senti que poderíamos ter empatado. Num Europeu, é sempre importante somar pontos. Quero somar pontos suficientes para passar à fase seguinte."
Preparação psicológica da equipa: "O que temos feito é proteger o grupo. É verdade que, no último mês, não há conferência de imprensa em que não se toque no tema das derrotas pesadas, mas passamos a mensagem certa às jogadoras. Não se podem esquecer dos mais de 150 jogos que fizeram antes, de tudo o que já conquistaram. As jogadoras são inteligentes para perceber o contexto dos resultados negativos e sabem que competir ao mais alto nível traz riscos. Ninguém gosta de perder daquela forma, mas quando ganhávamos, não éramos as melhores do mundo, e quando perdemos, não somos as piores. Somos os mesmos que, em fevereiro e abril, fomos altamente competitivos. Amanhã é dia de dar um passo em frente e fazer acontecer. Tem de ser assim para alcançarmos os nossos objectivos."
Situação clínica de Kika Nazareth: "Estamos em perfeita sintonia com o Barcelona. É natural que todas queiram jogar e participar neste Europeu, mas elas sabem bem aquilo que podemos esperar. Estamos tranquilos. A Kika fez o trabalho de recuperação connosco e vamos decidir depois se pode jogar. Já ganhámos com a Kika, já perdemos com ela, e o mesmo sem ela. O importante é que todas possam contribuir e ajudar a equipa."