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Lúcia Alves e Kika Nazareth: "Temos um lote de 27 jogadoras convocadas, algumas em processo final de recuperação de lesão. Estamos em comunicação com os clubes e departamentos médicos. Temos até o dia 25 deste mês como data final para anunciar as 23. Portanto, ainda temos alguma margem e faz sentido realizar este trabalho com elas".
Objetivos para o Euro: "Primeiro, dar os parabéns à nossa equipa masculina pelo que fizeram (conquista da Liga das Nações). Um momento incrível! Também queremos parabenizar os nossos sub-17 e desejar sorte aos sub-21 e às nossas sub-19. Felizmente, estamos numa casa com muitas seleções nas fases finais, com muita ambição, e queremos fazer as coisas bem. O nosso objetivo é fazer história: chegar ao último jogo da fase de grupos dependendo apenas de nós para avançar. No último Campeonato do Mundo, foi por pouco. No Campeonato da Europa, vamos fazer de tudo para alcançar esse passo em frente. Temos todas as condições para competir bem, e o grande objetivo é passar à fase a eliminar".
Impacto dos últimos resultados: "Acima de tudo, estes jogos menos conseguidos servem como aprendizagem. Foi uma fase que não correu conforme o esperado, mas sabemos que uma fase final de um Euro é uma nova página. Agora temos mais tempo para trabalhar com as jogadoras, mais condições de continuidade, e representar Portugal numa competição como esta nunca pode ser abalado pelo passado. Devemos ter orgulho na forma como chegamos até aqui. Se estamos onde estamos, é porque fizemos algo de bom no passado".
Kika: "Iremos avaliar até o dia 25, que é o prazo final. Estaremos em contacto com o departamento médico dos clubes".
Lúcia Alves e Joana Marchão: "Cada jogadora portuguesa contribui de forma diferente. Se tivermos todas as que queremos e aquelas que podem ajudar-nos mais, teremos mais armas. Ter a Lúcia e a Joana traz características distintas ao jogo, mas estamos contentes com o trabalho da Catarina, da Beatriz, da Ana Borges e da Capeta. Queremos levar um plantel capaz de oferecer variabilidade ao jogo".
Kika e outras jogadoras ainda a recuperar de lesões: "Iremos avaliar não só a Francisca, mas todas as jogadoras. A decisão sobre as que estarão aptas será tomada no dia 25. Faz sentido preparar o máximo possível para depois tomarmos a melhor decisão num período da época tão sensível como este".
Dores de crescimento e ausência de Ana Dias: "Esta foi a decisão"
Dores de crescimento: "Como é lógico, não vale a pena fugir às questões. Nos seis jogos da Liga das Nações, ficou claro que conseguimos competir em três, mas nos outros três não fomos como queríamos. Apesar do resultado final não ter sido o desejado, nem tudo foi negativo. Precisamos de entender por que motivo não fomos competitivos em alguns jogos e melhorar o que temos de bom para entrarmos com toda a determinação no primeiro jogo contra a Espanha. Acreditamos que temos capacidade e competência para passar à fase a eliminar".
Mais tempo com as jogadoras: "Acima de tudo, teremos mais tempo com as jogadoras. A época influencia o momento de cada uma, mas acreditamos muito no nosso trabalho e nas condições proporcionadas pela direção. Acreditamos no valor individual de cada jogadora, e vamos trabalhar com ambição, vontade e determinação. Uma jogadora disse-me no final da Liga das Nações: 'Estamos numa fase, mas não somos desta fase'. As jogadoras acreditam nelas mesmas, estão conscientes do contexto atual, mas sabem que é possível alcançar os objetivos".
16 golos sofridos e apenas um marcado nos últimos três jogos: "Acima de tudo, precisamos de melhorar o nosso desempenho sem bola. Não se ganham jogos nos primeiros 15 minutos, mas podem-se perder nesse período. Queremos dar confiança às jogadoras, recuperar o registo que tivemos no passado. A nossa ideia de jogo tem evoluído para uma nova dimensão: queremos assumir mais o jogo, correr riscos e criar mais perigo. Precisamos de acertar esse equilíbrio. Este período de trabalho permitirá orientar as jogadoras e refletir sobre isso. Queremos ser altamente competitivos e melhorar a nossa defesa".
Renovação de gerações: "Temos vindo a crescer e renovar a seleção em dois patamares. É um processo natural. Preparamos as jogadoras para o futuro, acreditando que podem ser úteis no presente. Nada é garantido, mas todas têm ambição de contribuir para Portugal".
Importância das jogadoras mais experientes: "Essenciais! Primeiro pela competência desportiva, mas também pela importância que têm no contexto da equipa, na transmissão de valores e na ambição do grupo. São jogadoras fundamentais, dentro e fora de campo. Não há dúvidas de que muito do sucesso desta equipa vem da sua união e ambição".
Muitos golos sofridos poderá estar relacionado com a lesão de Diana Gomes? "Infelizmente, devido a lesão, a Diana não pode ajudar. Temos muitos minutos acumulados, mas confiamos em todas as jogadoras".
Ausência de Ana Dias: "Foi uma decisão técnica. Não se trata apenas do caso da Ana. É um momento duro, tanto para elas como para nós. Reconhecemos as jogadoras e criamos laços, mas, acima de tudo, temos de tomar decisões. Esta foi a decisão".