Recorde as incidências da partida
Análise: "Não entrámos bem. No lance do pontapé de baliza cometemos alguns erros e ficámos intranquilos. Os primeiros 20 minutos não foram bons. Depois equilibrámos e, na segunda parte, criámos muitas oportunidades, tínhamos de marcar. Conseguimos chegar ao empate e, na ânsia de querer mais, ficámos desequilibrados. Tivemos um final de jogo de loucos, sem necessidade. Foi uma equipa à procura do golo e outra a explorar as transições e os nossos erros. A Bélgica foi mais feliz. Ofensivamente, foi o jogo onde criámos mais oportunidades".
Falta de eficácia: "É o momento das jogadoras. O nosso trabalho é colocá-las em posição de finalização; depois, há também mérito do adversário. Foi um jogo em que criámos oportunidades, mas sabemos que temos de continuar a crescer nessa dimensão".
Balanço: "Acima de tudo, foi uma participação em crescendo no que diz respeito à exibição. Fomos sempre evoluindo dentro da própria competição, na forma como combatemos. Não conseguimos o objetivo… Nesse aspeto, acho que chamar-lhe “fracasso” é título de jornal. A verdade é que não conseguimos cumprir com os objetivos a que nos propusemos. Queríamos mais".
Parte da solução? "Estou completamente tranquilo em relação a isso. O treinador é apenas mais uma peça. Agora, depois destes três meses duros, é normal que se fale muito. Mas o processo dentro desta casa é sempre o mesmo. Vamos fazer uma análise profunda e preparar o futuro, seja com quem for. O mais importante é sempre o projeto do futebol feminino. Sinto-me triste e frustrado pelo momento que vivemos. Acho que merecíamos mais, mas há sempre muita vontade. É sempre uma honra representar o nosso país. Lutaremos sempre por mais uma fase final".
"Quero ser sempre parte da solução"
Lugar em risco? "Sempre assumi a culpa em qualquer momento. Nunca irei fugir às minhas responsabilidades. Não é uma questão de porta aberta ou fechada. Sempre que termina uma fase final - corra bem ou menos bem - fazemos uma reflexão profunda e concluímos o que é melhor para o projeto no futuro. Desta vez não será exceção. É assim que gosto de trabalhar. Olhamos sempre para as coisas em ciclos de dois anos. Vai começar outro ciclo dentro de pouco tempo, por isso temos algum tempo para fazer esse tipo de reflexão. Quero ser sempre parte da solução, nunca do problema".
Recuperação de Kika Nazareth e Lúcia Alves: "A Lúcia teve um processo de crescimento no que toca à sua lesão. Vocês fazem as perguntas, mas sabem as respostas. Tivemos algumas jogadoras em processos de recuperação e, mais tarde, tomámos a decisão de que poderiam ser utilizadas em momentos importantes".
Adeptos: "Foram incríveis. É muito bom jogar perto de quem gosta de nós. Nunca nos deixaram cair. Ficamos muito tristes por não lhes darmos a oportunidade de continuarem a acompanhar-nos. São especiais".